Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, morreu na madrugada desta sexta-feira, 14, aos 66 anos. A informação foi confirmada pelo filho dele, Leonardo Picciani, ex-ministro do Esporte.
Ele estava em tratamento de um câncer na bexiga e estava internado no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde 8 de abril.
Em 1990, Picciani conquistou o primeiro de seus seis mandatos como deputado estadual. Passou por todos os cargos importantes do Legislativo, até se eleger, por quatro mandatos consecutivos, presidente da Alerj (2003-2010). Em 2015, voltou a ocupar o posto, após ficar quatro anos afastado do Parlamento.
Em 2010, Picciani disputou uma cadeira do Senado e obteve 3.048.034 de votos – por uma pequena diferença do segundo colocado (0,8%), não atingiu seu objetivo.
Entre 2011 e 2014, presidiu o PMDB-RJ.
Candidato nas eleições de 2014 a deputado estadual, Picciani recebeu 76.590. Foi a nona maior votação no Estado do Rio e a terceira do PMDB-RJ.
De volta à Alerj, reassumiu a presidência em 2015, com 65 dos 70 votos dos deputados estaduais. Seu primeiro ato foi propor um pacote de medidas de transparência e austeridade, entre eles a redução do auxílio-educação, que passou a ser estendida a alunos de escolas públicas.
Jorge Picciani, que por mais de uma década foi o poderoso chefão do MDB-RJ ao lado do ex-governador Sérgio Cabral, Jorge Picciani comandou a política do Rio. Os dois eram do antigo PMDB, hoje MDB. O ex-presidente da Alerj chegou a ser preso pela Operação Lava Jato por corrupção. Cabral está detido até hoje.
Picciani era casado com Hortência Oliveira Picciani e tinha quatro filhos: o deputado federal Leonardo Picciani; o deputado estadual Rafael Picciani; o zootecnista Felipe, que presidiu a Associação Nacional de Criadores de Nelore e cuida dos negócios da família; e o caçula Arthur.
Seu corpo está sendo levado para o Rio de Janeiro, onde o velório de Picciani será realizado no Palácio Tiradentes, no Salão Getúlio Vargas.