Morreu neste domingo o menino Arthur, exatamente um mês depois de ter sido baleado enquanto ainda estava na barriga da mãe, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o bebê morreu às 14h05. O quadro clínico piorou em decorrência de uma hemorragia digestiva nesta madrugada.
A família já esteve no local. O corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), procedimento padrão para vítimas de violência.
A mãe de Arthur, Claudineia dos Santos Melo, foi baleada no dia 30 de junho, na Favela do Lixão. O bebê, ainda no útero, também foi atingido. Claudineia foi levada para o Hospital Moacyr do Carmo, onde médicos realizaram uma cesárea de emergência.
O menino foi transferido, depois, para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, onde estava internado desde então.
Dois dias após Arthur ter sido baleado, um laudo médico concluiu que ele estava paraplégico. Depois, no entanto, a equipe médica responsável pelo caso disse que o quadro poderia ser revertido.
Uma perícia da Polícia Civil concluiu que o tiro que atingiu Claudineia partiu de traficantes da Favela do Lixão. Os peritos concluíram que o disparo foi feito de dentro para fora da favela.
Confira a nota de Secretaria estadual de Saúde na íntegra
“A direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes informa que o paciente Arthur Cosme de Melo foi a óbito às 14h05 deste domingo, 30/7, após apresentar piora de seu quadro clínico em decorrência de uma hemorragia digestiva intensa, por volta das 5h30 da manhã. A família do paciente foi informada e esteve na unidade ainda pela manhã, recebeu todas as informações sobre o estado de saúde do paciente, que esteve gravíssimo nas últimas horas. Todos os procedimentos para reverter o quadro foram adotados, porém não houve resposta clinica do paciente. A família foi imediatamente informada e esteve novamente reunida com a chefia da UTI Neonatal e equipe médica. O corpo do paciente será encaminhado ao Instituto Médico Legal, procedimento que é padrão em casos de violência (vítima de perfuração por arma de fogo, como é o caso).
Assim como a direção e toda a equipe médica do hospital, a Secretaria de Estado de Saúde lamenta a perda da família, presta solidariedade neste momento de grande dor e segue à disposição dos pais e familiares.”
fonte: extra