Adriana Barros Lima, de 46 anos, foi encontrada morta no banheiro de sua casa na última segunda-feira (13), em Recife, poucas horas após realizar um procedimento estético conhecido como “harmonização de bumbum”. O caso, que chocou a comunidade local, levanta um alerta sobre os riscos associados a procedimentos estéticos realizados sem o devido cuidado ou acompanhamento médico especializado.
Queixas de Dor Após o Procedimento
De acordo com familiares, Adriana passou pelo procedimento em uma clínica da região e foi liberada para retornar à sua casa no mesmo dia. Pouco tempo depois, ela começou a se queixar de dores intensas na região onde o procedimento foi realizado. “Ela dizia que não conseguia ficar de pé e que as dores eram insuportáveis”, relatou uma parente que preferiu não ser identificada.
Os familiares acreditam que Adriana possa ter sofrido alguma complicação decorrente do procedimento. Apesar das queixas, ela não retornou à clínica para avaliação, pois acreditava que os sintomas eram normais e fariam parte do processo de recuperação.
Descoberta do Corpo
Horas após as reclamações de dor, Adriana foi encontrada desacordada no banheiro de sua casa. Parentes acionaram os serviços de emergência, mas ao chegarem ao local, os socorristas apenas puderam constatar o óbito. A causa da morte ainda não foi divulgada oficialmente, mas será determinada após a realização de uma autópsia pelo Instituto Médico Legal (IML).
Riscos de Procedimentos Estéticos
O caso de Adriana traz à tona um debate importante sobre a segurança de procedimentos estéticos. A chamada “harmonização de bumbum” é um procedimento relativamente recente, que promete melhorar a aparência da região glútea por meio de preenchimentos e outros métodos. No entanto, quando realizada sem os devidos cuidados ou por profissionais não qualificados, pode trazer sérias complicações, como infecções, reações adversas a substâncias injetáveis e, em casos graves, embolia ou falência de órgãos.
Especialistas alertam que é essencial buscar profissionais capacitados, verificar o registro da clínica e questionar sobre os produtos utilizados antes de realizar qualquer intervenção estética. Além disso, a realização de exames prévios para avaliar a saúde do paciente é indispensável para evitar complicações.
Investigação em Andamento
A polícia abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de Adriana e identificar possíveis responsabilidades. A clínica onde o procedimento foi realizado também está sendo investigada para verificar se cumpria todas as normas de segurança e regulamentação exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os familiares de Adriana estão inconsoláveis e exigem respostas sobre o que realmente aconteceu. “Minha irmã era uma mulher cheia de vida, não merecia partir dessa forma. Queremos justiça e que outras pessoas não passem por isso”, desabafou um dos parentes.
Prevenção e Conscientização
Este caso serve como um triste lembrete sobre a importância de priorizar a segurança ao realizar procedimentos estéticos. Mais do que resultados rápidos, é crucial garantir que a saúde e a vida do paciente estejam protegidas.
A tragédia de Adriana será lembrada como um alerta para que todos tenham cuidado e cautela ao buscar intervenções estéticas, escolhendo sempre profissionais de confiança e exigindo o máximo de transparência e segurança.



