Tragédia em Campo Grande: Mulher do Tenente-Coronel Morto com Paulada na Cabeça Fala sobre o Crime Covarde
Neste último final de semana, o bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro, foi palco de um crime brutal que tirou a vida do Tenente-Coronel da Polícia Militar, Alexandre Magno Mousinho Barreto, de 53 anos. O policial, que estava na reserva da corporação, foi morto com uma paulada na cabeça enquanto tentava separar uma briga na Rua Aroaqui. O caso, que chocou a comunidade local, teve um desfecho ainda mais doloroso para a família da vítima: a esposa do tenente-coronel, Carla de Sousa, é policial civil e estava de plantão no IML do próprio bairro onde o corpo de seu marido foi levado.
Carla, com voz embargada e emoção visível, fez um desabafo angustiado sobre a tragédia que devastou sua vida. “Eu trabalho aqui há 23 anos. A gente salva as pessoas, a gente ajuda as pessoas todos os dias. E, enquanto eu estava trabalhando, mataram o meu marido”, relatou a policial civil, tentando conter a dor do luto enquanto cumpria seu dever no IML.
O velório de Alexandre Magno começou pouco depois das 10h da manhã de segunda-feira, 3 de fevereiro, em um momento de grande comoção para a família e amigos. O caso, que ocorreu em plena luz do dia, ainda gerou revolta em quem conhecia o tenente-coronel e a sua dedicação ao serviço público.
O Crime: O que Aconteceu na Rua Aroaqui?
O crime ocorreu no último final de semana, quando Alexandre Magno, que estava em sua residência em Campo Grande, se envolveu em uma tentativa de apaziguar uma briga entre duas pessoas. Segundo testemunhas, o policial estava conversando com um homem conhecido como Robinho quando o sujeito entrou em uma discussão com outra pessoa, identificada como João. Tentando evitar que a situação se agravasse, Alexandre Magno tentou intervir, mas, em um ato de extrema violência, Robinho atacou o tenente-coronel com um pedaço de madeira.
Após agredir o oficial, o agressor fugiu, deixando Alexandre Magno gravemente ferido. O policial não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. A perda de um profissional que dedicou mais de 30 anos de sua vida à Polícia Militar, incluindo uma destacada atuação como capitão no Batalhão do Regimento de Polícia Montada, deixa um vazio irremediável em sua família, amigos e na própria corporação. Em 2006, quando ainda era capitão, Alexandre Magno recebeu uma moção de aplausos, louvor e reconhecimento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), uma demonstração clara de sua competência e compromisso com a segurança pública.
O Desespero de Carla: Um Pedido de Ajuda
A dor de Carla de Sousa é indescritível, mas a policial civil não hesitou em pedir ajuda para localizar o responsável pela morte de seu marido. Em seu desabafo, ela fez um apelo à população local, especialmente a quem conhece o agressor, Robinho, um homem do bairro do Cantagalo, em Campo Grande. “Eu queria pedir qualquer um que possa dar o paradeiro desse Robinho. Ele é dali perto, do Cantagalo, de Campo Grande. Trabalha com cavalos e é bem conhecido. A gente precisa muito de informações porque foi uma coisa covarde contra o meu esposo, contra a polícia, contra as pessoas de bem desse país”, pediu Carla, visivelmente abalada e buscando justiça para o ato tão cruel.
Carla, que trabalha diariamente para garantir a segurança da comunidade, agora se vê enfrentando uma situação de perda incomensurável. Ela sabe que o trabalho dela, assim como o de seu falecido marido, é de extrema importância para a sociedade, mas a dor de perder um ente querido de forma tão brutal não pode ser mensurada.
A Repercussão do Caso e o Clamor por Justiça
O caso de Alexandre Magno gerou grande repercussão nas redes sociais e nas comunidades locais. A perda de um policial militar com uma carreira exemplar e o brutal crime cometido em plena rua deixaram moradores de Campo Grande perplexos. Muitos se uniram ao pedido de Carla, pedindo informações sobre o paradeiro do agressor e clamando por justiça.
O impacto na comunidade foi profundo, pois o tenente-coronel era amplamente respeitado por seu trabalho incansável e sua contribuição à segurança pública. O caso também colocou em evidência a violência que, infelizmente, se tornou comum em algumas áreas do Rio de Janeiro, gerando um sentimento de insegurança entre os moradores e fazendo com que muitos questionem o que está sendo feito para combater a criminalidade de maneira eficaz.
O luto da família de Alexandre Magno é compartilhado por muitos que o conheciam e que reconhecem o legado de sua carreira na PM. As homenagens prestadas ao oficial durante o velório e nas redes sociais reforçam o respeito e a admiração que ele conquistou ao longo de sua trajetória, enquanto a busca por justiça se intensifica.
Conclusão: Uma Perda Irreparável
A morte do Tenente-Coronel Alexandre Magno Mousinho Barreto representa não apenas a perda de um profissional exemplar, mas também de um ser humano que dedicou sua vida à proteção e segurança dos outros. O fato de sua esposa, Carla, estar no IML do bairro onde o corpo foi levado só torna a dor ainda mais insuportável.
Agora, a comunidade se une em um esforço para localizar o agressor, Robinho, e garantir que ele seja responsabilizado por esse crime brutal. A expectativa é de que, com a colaboração de todos, a justiça seja feita e que a família de Alexandre Magno, assim como toda a sociedade, encontre algum conforto diante dessa tragédia.