A Justiça do Rio de Janeiro condenou Paula Custódio Vasconcellos a 64 anos de prisão pelo assassinato brutal da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, ocorrido em agosto de 2023, no bairro Senador Camará, Zona Oeste do Rio. O crime, segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), foi premeditado e movido por vingança e interesse financeiro.
De acordo com a investigação, Paula não aceitava o fim do relacionamento de Vitória com sua filha e temia perder o apoio financeiro que a jovem professora costumava oferecer à família. Dominada pelo ódio e pela ganância, a ré planejou cada detalhe do crime, atraindo a vítima com o pretexto de uma conversa de reconciliação.
A apuração revelou que Vitória foi torturada por cerca de 10 horas, extorquida, enforcada e, em seguida, queimada viva. Seu corpo carbonizado foi encontrado em uma área de mata da Comunidade Cavalo de Aço, também em Senador Camará, chocando moradores e gerando grande comoção na região.
Durante o julgamento, o tribunal considerou as circunstâncias cruéis e desumanas do crime, bem como o fato de Paula ter demonstrado frieza e ausência de arrependimento. A promotoria destacou que o caso representa um exemplo extremo de violência motivada por posse e dependência emocional, ressaltando a necessidade de punição exemplar para crimes dessa natureza.
A sentença, proferida nesta semana, impôs 64 anos de reclusão em regime fechado, sem direito a redução inicial de pena. Familiares e amigos de Vitória acompanharam a decisão emocionados e afirmaram que a condenação representa um passo importante em busca de justiça.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e entre movimentos de defesa das mulheres, que lembraram a trajetória da professora — descrita como uma jovem dedicada, solidária e com um futuro promissor interrompido pela violência.



