Imagina ir ao enterro de um parente e ao caminhar pelo cemitério cair dentro de uma cova? Foi o que aconteceu na segunda-feira (20) com a artista plástica Flávia Paonessa, de 45 anos, no Cemitério Municipal Caingá, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio.
“Eu estava andando devagar, quando senti o chão caindo, se abrindo. Fui sugada pra dentro de uma cova. Minha perna simplesmente afundou. Fiquei com minha perna esquerda afundada até quase a cintura dentro da cova de alguém, a outra para o lado de fora”, relembrou.
Flávia contou ao G1 que, com a queda, perdeu a unha do dedo mindinho e tem três esporões no pé e pequenas feridas que pioraram a inflamação após o acidente. Ela também sofreu arranhões no braço, quadril, joelho e perna.
“Foi uma sensação horrível de ficar presa num local sujo, cheio de excrementos, bactérias, correndo o risco de ficar com alguma infecção”, frisou.
A artista plástica esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e disse que tomou vacina antitetânica e injeção para dor.
Local abandonado
Flávia também reclamou do abandono e falta de estrutura no cemitério. Segundo ela, o cemitério tem várias cruzes caídas e espalhadas, além de covas abertas e reviradas.
“Eu fiquei muito surpresa com o lugar. É completamente abandonado, parece um cemitério clandestino. Tem um monte de casa em volta, qualquer criança tem acesso ali e também pode cair num buraco oculto desses ou numa dessas covas abertas”, explicou.
A artista plástica também contou que as covas não têm identificação e o cemitério não tem espaço destinado para a passagem dos amigos e familiares.
“Um desrespeito com quem está enterrado ali, com os familiares que estão enterrando uma pessoa amada”, afirmou.
Fonte: G1