Uma mulher suspeita de planejar e executar o assassinato do ex-companheiro foi presa na última sexta-feira (7) no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, ela e o atual namorado tiraram a vida de Roberto Guimarães Barbosa para se apropriar de seus bens e do karaokê que ele administrava. O crime ocorreu em Xerém, município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O caso chamou a atenção pelo grau de frieza e pela tentativa da suspeita de ocultar o desaparecimento da vítima. Apesar de trabalhar com Roberto no Centro de Tradições Nordestinas, a mulher nunca registrou o sumiço do ex-companheiro. Pelo contrário, continuou utilizando a casa, o carro e o comércio pertencentes a ele, como se nada tivesse acontecido.
A Investigação Que Desvendou o Crime
A farsa começou a ruir quando um parente de Roberto, preocupado com a falta de notícias, viajou até o Rio de Janeiro para procurá-lo. Sem respostas da suspeita, o familiar denunciou o desaparecimento à polícia, que imediatamente iniciou as investigações.
Os agentes analisaram registros de movimentação bancária, chamadas telefônicas, histórico de mensagens e a localização dos celulares da vítima e dos suspeitos. Com essas provas, a polícia conseguiu reconstruir os últimos passos de Roberto e traçar o envolvimento direto da mulher e do namorado no assassinato e na ocultação do corpo.
A Prisão da Suspeita e a Situação do Comparsa
Diante das evidências reunidas, a Justiça determinou a prisão preventiva da mulher por homicídio e ocultação de cadáver. A captura ocorreu no próprio Centro de Tradições Nordestinas, local onde ela continuava trabalhando normalmente, mesmo após o crime.
O namorado da suspeita, que já estava preso por outros delitos, também foi alvo de uma nova ordem judicial. Agora, ele responderá oficialmente pelo assassinato e pelo sumiço do corpo de Roberto Guimarães Barbosa.
Um Crime Friamente Calculado
O crime tem características de premeditação, pois os suspeitos não só eliminaram Roberto, como também tomaram posse de tudo que lhe pertencia. A mulher assumiu o controle do comércio da vítima e utilizava seus bens sem levantar suspeitas.
A falta de qualquer iniciativa para comunicar o desaparecimento, somada ao fato de que ela manteve a rotina normalmente, fez com que o crime passasse despercebido por um tempo. No entanto, a persistência dos familiares da vítima e o trabalho minucioso da polícia garantiram a elucidação do caso.
Justiça em Curso
Agora, a mulher permanece presa aguardando os próximos passos do processo criminal. O comparsa, que já cumpria pena por outros crimes, terá sua situação agravada com a nova acusação.
O caso de Roberto Guimarães Barbosa reforça a importância das investigações em casos de desaparecimento e alerta para o perigo de crimes cometidos por pessoas próximas à vítima. A polícia segue investigando se há outros envolvidos ou se o casal cometeu crimes semelhantes no passado.
A prisão da suspeita traz um alívio para os familiares de Roberto, que esperam que a Justiça seja feita. O desfecho do caso dependerá das próximas etapas do julgamento, mas as evidências coletadas indicam um caminho sólido para a condenação dos responsáveis.



