Um caso inusitado e surpreendente chamou a atenção na Argentina nos últimos dias. Uma mulher identificada como Acosta recebeu por engano o equivalente a R$ 2,4 milhões em sua conta bancária, valor depositado equivocadamente pelo governo de uma província argentina. O mais impressionante: ela esvaziou a conta em apenas 24 horas, realizando dezenas de movimentações para gastar o dinheiro inesperado.
De acordo com as autoridades locais, Acosta não perdeu tempo após perceber o depósito milionário em sua conta. Em apenas dois dias, ela conseguiu movimentar cerca de 44 milhões de pesos, valor que hoje corresponde a aproximadamente R$ 2,4 milhões. As ações rápidas da mulher envolveram 66 transações bancárias, incluindo transferências, pagamentos e compras diversas.
Entre os produtos adquiridos estão eletrodomésticos, alimentos em grandes quantidades e até um carro usado, o que indica que a beneficiária tentou aproveitar ao máximo a situação antes que o erro fosse corrigido. No entanto, o banco responsável conseguiu reverter parte das movimentações e recuperar uma quantia significativa do valor indevidamente depositado.
Apesar disso, Acosta acabou sendo denunciada por estelionato, já que as autoridades consideram que houve má-fé ao não comunicar o erro bancário e ao agir rapidamente para se beneficiar da quantia milionária.
Segundo os promotores do caso, a velocidade e o volume das transações indicam uma clara intenção de ocultar o dinheiro e dificultar a devolução dos valores. A mulher está agora sendo investigada formalmente, e o processo poderá levá-la a responder judicialmente por crime de fraude contra o Estado.
O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais e em veículos de imprensa da Argentina, dividindo opiniões: enquanto alguns defendem que Acosta apenas “aproveitou a sorte”, outros ressaltam que ela tinha a obrigação legal e moral de devolver o dinheiro ao perceber o erro.
Agora, Acosta enfrenta não só o peso da Justiça, mas também o julgamento da opinião pública, em uma história que chama a atenção para falhas em sistemas bancários e para os dilemas éticos diante de situações inusitadas como essa.