Na tarde do último domingo, na cidade de Magé, mais precisamente em Piabetá, uma mulher protagonizou um episódio de agressão e racismo contra funcionários de uma clínica local. Além disso, ela também causou danos materiais ao quebrar equipamentos da unidade de pronto-atendimento (UPA). O caso foi registrado na 66ª Delegacia de Polícia (Piabetá) e gerou indignação.
As imagens capturadas no local mostram a paciente visivelmente alterada, sendo contida pela Polícia Militar. Em meio aos seus atos de violência, a mulher proferiu ofensas racistas aos funcionários, utilizando palavras extremamente pejorativas, como “macaco” e “banana”. De acordo com a Prefeitura de Magé, a mulher havia chegado à UPA Piabetá acompanhada de sua filha, buscando atendimento médico e enfermagem.
No entanto, na recepção da unidade, ela iniciou uma série de agressões físicas e verbais, utilizando termos de baixo calão. Além disso, dirigiu palavras de cunho racista especificamente aos funcionários negros. Essas atitudes lamentáveis foram registradas em nota oficial da Prefeitura, repudiando veementemente tais comportamentos.
Após as agressões verbais e físicas, a paciente avançou contra os equipamentos da UPA, ocasionando danos materiais. Diante da gravidade da situação, a Polícia Militar foi acionada e, em uma ação necessária para contê-la, conduziu-a até a delegacia local para o registro da ocorrência. Os colaboradores que sofreram agressões foram orientados a registrar o ocorrido na 66ª Delegacia de Polícia de Piabetá.
O 34° Batalhão de Polícia Militar de Magé afirmou que seus agentes foram inicialmente acionados para lidar com um caso de dano ao patrimônio. Ao chegarem ao local, depararam-se com a mulher extremamente alterada, que tentou agredir a equipe. Os agentes agiram utilizando os meios necessários para imobilizá-la e evitar maiores danos.
Logo em seguida, os familiares da paciente foram contatados. A irmã e o pai da criança que a acompanhavam na UPA compareceram ao local e relataram que a mulher já havia apresentado surtos semelhantes em outras ocasiões. A filha da paciente recebeu atendimento médico-pediátrico e foi liberada sob a guarda do pai.
A Polícia Civil informou que o caso foi inicialmente registrado como dano ao patrimônio. A mulher foi conduzida à delegacia, onde foi presa em flagrante. Posteriormente, ela pagou fiança e responderá em liberdade. No entanto, após a análise dos vídeos gravados na unidade de saúde, a 66ª Delegacia de Polícia de Piabetá instaurou um inquérito para apurar o crime de injúria racial cometido pela autora.
A delegacia tomará depoimentos dos funcionários da clínica e de testemunhas envolvidas, a fim de reunir todas as informações necessárias para a elucidação do caso. Serão realizadas diligências adicionais no decorrer da investigação. As autoridades afirmam que o processo está em andamento e reafirmam o compromisso de combater todas as formas de racismo e violência na sociedade.
É fundamental que casos como esse sejam denunciados e investigados para garantir que a justiça seja feita e que a sociedade possa avançar rumo a um ambiente de respeito e igualdade, livre de discriminação racial.



