A atitude é tardia, mas pelo menos está acontecendo. Nesta quarta-feira, 24 de abril, finalmente a Prefeitura do Rio tomou a decisão de pôr abaixo algumas das construções ilegais próximas aos prédios que desabaram, há doze dias, na Muzema, deixando, até o momento 24 mortos.
As demolições, executadas pela Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva) iniciaram-se com ferramentas manuais, como marretas, picaretas e afins por conta do risco de haver outros desabamentos porque o terreno é bastante instável o que não permite a possibilidade do uso de explosivos.
Segundo a prefeitura, a previsão é de que o serviço seja efetuado em 30 dias. A demolição começou com funcionários da prefeitura atuando de cima para baixo dos prédios nos lotes 92 e 93-A do Condomínio Figueiras do Itanhangá que tiveram a estrutura condenada. O menor edifício, de três andares, já está sendo demolido. Por ainda estar em fase de construção, os apartamentos ainda não tinham moradores. Após o trabalho braçal, máquinas serão utilizadas para levar abaixo a estrutura de tijolos.
Os técnicos da Defesa Civil estão avaliando se há possibilidade de construírem uma espécie de ponte que ligaria um apartamento no primeiro andar à rua para que moradores – quatro famílias moram no prédio – possam retirar pertences, documentos, etc de suas moradias.
Um homem não identificado reclamou que não consegue ter acesso à sua casa, onde estariam seus objetos pessoais, entre outros.
“Entendo que esteja interditado, mas falam que não há nenhum mobiliário nosso lá dentro”, diz.