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Dr Fernando ferry, foi um dos voluntários que ajudaram no resgate das vítimas do incêndio no hospital badin, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro
Quando viu a notícia na televisão sobre o incêndio no Hospital Badim, no Maracanã, na Zona Norte do Rio, o diretor do Hospital universitário Gaffrée Guinle, Fernando Ferry, logo se prontificou em ajudar. Ao ouvir da secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, que a prioridade era disponibilizar ambulâncias, decidiu por conta própria dirigir um dos veículos. Assim, ele foi até o Hospital Souza Aguiar, onde buscou a paciente Maria da Costa Guerreiro, de 75 anos, uma das sobreviventes da tragédia.
Em 2017, ele já havia sofrido com um incêndio no Gaffrée (por causa de curto-circuito em ar-condicionado, sem vítimas)
.— Já passamos por situação semelhantes, sei como é o drama, e a dor que o diretor do Badim está sentindo hoje. Quando liguei para a secretária ela disse que a rede particular absorveria a demanda, e precisava de ambulâncias — contou.
Ferry afirmou que nunca havia dirigido uma ambulância antes, mas disse que não teve dificuldades:
— Temos duas ambulâncias CTI, e como só havia um motorista, assumi o outro. Chegamos primeiro no Badim, mas como já quase todos foram evacuados naquele momento, fui ao Souza Aguiar, para ajudar.
No Souza Aguiar, Ferry encontrou Maria Guerreiro. A família dela já conhecia o médico e, então, pediu ajuda. Ela, que tratava uma trombose no Badim, escapou do incêndio mas aspirou muita fuligem e estava com a pressão muito alta. Na manhã desta sexta, Maria foi transferida do CTI do Guinle para o quarto, e seu quadro é estável.