O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), afirmou nesta quarta-feira que ninguém deve ser “obrigado a fazer nada”, ao comentar pela primeira vez a sua ausência em eventos tradicionais do Carnaval carioca de 2017. Ele não compareceu a cerimônias, como a entrega simbólica das chaves da cidade ao Rei Momo e a abertura oficial dos desfiles da Marquês de Sapucaí.
Foi a primeira vez, em 33 anos de Sambódromo, que o prefeito do Rio não participou dessas iniciativas, que ajudam a divulgar e a promover a festa. Nem mesmo os quatro acidentes, com 32 feridos, fizeram Crivella ir à Passarela do Samba. “Estamos tratando de um assunto que já está superado. Acho que cada um no Rio não deve ser obrigado a fazer nada. Tem uma agenda do prefeito, que deve ser cumprida e que não necessariamente deve ser a agenda da imprensa”, disse o prefeito, em solenidade comemorativa do aniversário da cidade.
Na segunda-feira, sem avisar à imprensa, Crivella visitou os feridos no acidente com o carro da escola de samba Paraíso do Tuiuti e postou uma mensagem no Facebook, elogiada pelos seus seguidores. Durante a campanha eleitoral, o prefeito, que foi bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, negou que a sua religião fosse interferir no governo e prometeu “governar para as pessoas”.