POR G,1
esmo no Natal, persiste a crise nas unidades de saúde do Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira (25) pacientes que buscaram ajuda no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste, não conseguiram atendimento digno, conforme mostrou o RJTV. Lá, os problemas seguem sendo a falta de médicos e remédios.
Chegando ao hospital a equipe de reportagem já se deparou com um homem passando mal na calçada da unidade. Márcio Galvão sentia muitas dores pelo corpo, estava com diarreia e com muita dificuldade para andar.
Renato da Silva, que acompanhava Márcio, disse que tentou ligar para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas foi informado de que o doente deveria ir andando para o hospital.
Para chegar à unidade, eles pegaram um trem e, depois, seguiram a pé quase um quilômetro até o Hospital Rocha Faria. Depois da chegada da reportagem, Márcio finalmente foi levado para uma sala do hospital, no entanto, não há informações se ele foi de fato atendido.
Ainda na entrada da emergência da unidade, um casal também esperava atendimento. O marido de Kátia da Silva, Carlos, estava com falta de ar. No entanto, a mulher contou que foi informada que faltavam medicamentos para tratar do companheiro.
“Ele está com falta de ar e eu vim trazer ele aqui, só que não tem remédio. Só soro. Soro não adianta, não tem remédio pra fazer nebulizações, só tem soro, mais nada”, reclamou.
Nesta segunda, só estavam na unidade dois clínicos gerais e um ortopedista. Ambos precisavam se dividir entre as cirurgias e o atendimento. Ainda assim é possível encontrar pessoas que não foram atendidas, mesmo que precisem ser operadas.
“O meu irmão sofreu um acidente sexta-feira, de moto, e o médico deu de seis a sete dias para ele poder fazer a cirurgia. E, hoje, o médico nem passou para falar nada”, contou a dona de casa Bruna Rodrigues.
A reportagem tentou conversar com o diretor da unidade, mas ninguém estava de plantão.
Grávidas não são atendidas
Os problemas no Rocha Faria são crônicos. No sábado (23), gestantes não conseguiram ser atendidas. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que há um plano de contigência para a maternidade do Rocha Faria.
Segundo o texto, grávidas em trabalho de parto estão sendo transferidas em ambulâncias para quatro unidades da prefeitura. Para as outras emergências, porém, não existe qualquer planejamento.