Nas redes sociais, uma fala polêmica da cantora Alcione gerou alvoroço: ela teria dito que faria uma macumba contra Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, caso ele voltasse ao poder. A declaração, feita com bom humor e em tom crítico, rapidamente viralizou, levando muitos a se perguntarem: o que é necessário para um ritual desses funcionar?
Embora muitos interpretem a fala como uma brincadeira política, especialistas em religiões afro-brasileiras explicam o que seria necessário caso Alcione realmente decidisse realizar um ritual espiritual com esse objetivo.
Segundo praticantes do candomblé e da umbanda, religiões de matriz africana muito respeitadas no Brasil, rituais de proteção ou afastamento de energias negativas são comuns — mas jamais devem ser confundidos com práticas de ódio. “Não se trata de fazer mal a alguém, e sim de pedir justiça ou equilíbrio”, explica um sacerdote de umbanda.
Para esse tipo de ritual, seriam necessários itens como velas, ervas específicas (como arruda e guiné), água de rio, pemba (giz sagrado), além de oferendas simbólicas que variam conforme o orixá invocado. Em casos de “afastamento de forças negativas”, costuma-se recorrer a entidades como Exu ou Pomba Gira, sempre com muito respeito.
Além dos elementos físicos, Alcione precisaria também de preparação espiritual, como jejum, banhos de ervas e o conhecimento ritualístico apropriado. É comum ainda que se faça orações, cantos e toques de tambor, tudo conforme a tradição da casa espiritual envolvida.
Vale lembrar que Alcione, conhecida por seu carisma, talento e sinceridade, sempre defendeu as raízes culturais brasileiras, inclusive as religiosas. A fala sobre Trump pode ter sido apenas uma manifestação bem-humorada de repúdio político, mas acendeu o debate sobre as religiões afro e o respeito às suas práticas.
Independentemente do ritual acontecer ou não, uma coisa é certa: Alcione não leva desaforo — nem Trump — pra casa!
E você, acredita que a macumba da Marrom teria força contra Trump?