BANDEIRA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
A ideia de criar uma bandeira surgiu na Idade Média. Durante as batalhas, os exércitos usavam um pedaço de pano no alto de um estandarte com as cores e sinais de identificação do batalhão, dessa forma ficava mais claro identificar quem lutava contra quem e aliados não eram confundidos com inimigos.
Hoje em cada país as bandeiras representam histórias, lutas, convicções e esperanças. Além de países, as bandeiras podem representar estados, cidades e até clubes. Você com certeza reconhece a bandeira do time de futebol que torce. E a do Rio, você conhece?A bandeira da cidade do Rio de Janeiro passou por diversas transformações.
A primeira foi criada para recepção da Família Real em 1808, ela era de seda branca com franjas e galões de ouro, tendo um escudo em estilo barroco bordado a ouro a imagem de São Sebastião. Em 1822 foi utilizada na coroação de D Pedro I uma outra bandeira, uma versão imperial com a coroa real ao topo.
A bandeira atual foi adotada somente em 8 de julho de 1908. Ela possui um campo branco com duas listras azuis em diagonal na forma da cruz de Santo André, tendo sobre o seu cruzamento o brasão de armas da cidade todo em vermelho. A cor simboliza o sangue derramado por São Sebastião e também por Estácio de Sá, que no dia 1º de março de 1565 fundou a cidade maravilhosa.
O BRASÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Os brasões também começaram a ser criados na Idade Média. Eram feitos para homenagear a bravura dos cavaleiros, também se tornaram um símbolo de status. As pessoas consideradas ilustres eram presenteadas com brasões e podiam repassar a honra aos familiares.
Aos poucos eles ganharam novas finalidades, como identificar famílias, corporações, regiões, nações e cidades.
O brasão do Rio é um dos símbolos do município, ele traz elementos representativos do patrimônio da memória da cidade. Cada figura tem um valor, um significado cultural e traz um elo com o passado.
1) A coroa com cinco torres douradas simboliza que o Rio já foi a capital do país;
2) Num lado um ramo de louro representa a vitória ;
3) Do outro o ramo de carvalho significa a força;
4) Os golfinhos de prata destacam uma cidade cidade marítima;
5) A esfera dourada representa o universo;
6) As três setas remetem a São Sebastião, o padroeiro da cidade ;
7) Ao centro o desenho de uma boina vermelha, conhecida como barrete frígio. Ela é considerada uma representação do regime republicano desde que foi usada pelos proclamadores da república francesa.
8) O escudo atrás da esfera é azul, cor simbólica da lealdade.
Desde a sua fundação, o brasão do Rio foi modificado diversas vezes até chegar ao formato de hoje.
O BRASÃO HERÁLDICO DE CAMPO GRANDE
A polêmica envolvendo o escudo de Campo Grande que, embora tenha sido aprovado pelo então administrador regional do bairro, Carlos Renato dos Guaranys, parece não ter sido muito bem aceito por outras lideranças, em razão do destaque dado à figura do galináceo.
Segundo pesquisas realizadas pelo professor Sinvaldo Souza na época em que preparava o artigo aqui transcrito , lendo a edição de julho de 1973, número 184, do jornal “O Ponto de Vista”, teria havido preocupação com a urgência para a confecção do brasão, uma vez que a entidade destinada à promoção da cidade, conhecida como COCAME, delimitou um prazo bastante exíguo, que não permitiu maiores pesquisas que pudessem apresentar como resultado final um brasão cujos atributos estivessem mais de acordo com as especificações históricas de Campo Grande.
O próprio heraldista Alberto Lima, do Serviço Cartográfico do Exército e autor do brasão, teria declarado ao diretor do jornal “O Ponto de Vista” – jornalista Diniz da Fonseca, que havia confirmado que o administrador regional de Campo Grande lhe dissera que, na falta de outra qualquer temática adotasse o que melhor lhe parecesse: “um galo, por exemplo e algumas frutas em homenagem aos avicultores e fruticultores da zona rural”.
Descrição do Brasão de Armas de Campo Grande
“Escudo português em campo de sinople (verde) marco da esperança, abundância e liberdade; um galo de prata, símbolo do guerreiro valente, destemido e sempre pronto às armas. Representa, neste brasão, a prosperidade avícola da famosa região rural, do antigo Distrito Federal. Um chefe de blau (azul) ostenta em ouro, as seguintes peças: a cana-de-açúcar, símbolo da economia colonial, que teve em Campo Grande alguns dos seus engenhos, produtores; um ramo de café, evidenciando que se cultivou a rubiácea em larga escala na região, e a laranja, representando a riqueza citrícola que tantos dividendos trouxe para o Rio de Janeiro e para o Brasil. As estrelas, símbolo da vitória, destacam, respectivamente, à destra a à sinestra, Manoel de Barcelos Domingos, um dos primeiros povoadores das terras, fundador da paróquia em 1673 e Francisco Freire Alemão de Cisneiros, o conselheiro Freire Alemão, destacado como cientista, médico e botânico, nascido em Campo Grande em 24 de julho de 1797, tendo falecido na Casa de Porangaba – lugar bonito, ou de Boa Vista – em 11 de novembro de 1874.
Como suportes, à destra (direita) e à sinestra (esquerda), os dois golfinhos simbólicos de cidade marítima que ornam a brasão de armas do antigo Estado da Guanabara, apoiados sobre um listel de ouro com a seguinte legenda em goles (vermelho): 1673 – CAMPO GRANDE – 1961”, respectivamente, fundação da Freguesia da Matriz de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande e instalação da XVIII Região Administrativa. Encimando o conjunto, em toda a sua plenitude, a coroa-mural, característica da Cidade-Estado, tal como aparece no Brasão de Armas do antigo Estado da Federação, com suas cinco torres de ouro e a estrela de prata, símbolo da unidade federativa. Autor. Alberto Lima – Ano 1963.