A partir do dia 2 de fevereiro, os passageiros que utilizam os trens da SuperVia precisarão desembolsar mais para realizar suas viagens. O valor da tarifa sofrerá um reajuste de R$ 0,50, passando de R$ 7,10 para R$ 7,60, considerando o preço cheio para quem não utiliza o benefício do Bilhete Único no cartão Riocard.
De acordo com a SuperVia, o aumento foi homologado pela Agência Reguladora de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) e está previsto no contrato de concessão firmado entre a empresa e o Governo do Estado. O índice utilizado para o reajuste é o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acumulado dos últimos 12 meses.
Reajuste Contrasta com Reduções Anteriores
A aprovação do novo valor pela Agetransp gera contrastes em relação à redução inédita aplicada no início do ano passado. Em janeiro de 2024, a tarifa dos trens foi reduzida de R$ 7,40 para R$ 7,10, marcando um movimento contrário ao aumento histórico que vinha sendo praticado anualmente.
O reajuste atual, segundo a concessionária, é uma adequação necessária para manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Contudo, a medida tem gerado críticas entre usuários e especialistas em mobilidade, que questionam o impacto do aumento para a população que depende do sistema ferroviário, especialmente em um cenário de desafios econômicos.
Impacto no Orçamento dos Usuários
Para os moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o novo valor representa mais uma pressão no orçamento. Muitos trabalhadores, estudantes e outros usuários que utilizam o serviço diariamente já lidam com altos custos de transporte e reclamam da qualidade dos serviços prestados.
“A passagem aumentou, mas os problemas continuam os mesmos. Trens lotados, atrasos e falta de segurança. Parece que só o preço evolui, enquanto o serviço fica estagnado”, comentou José Silva, morador de Nova Iguaçu e usuário frequente do sistema.
Resposta da SuperVia e da Agetransp
A SuperVia justificou o reajuste, destacando que o contrato firmado prevê a atualização dos valores para acompanhar a inflação e garantir a manutenção da operação. Já a Agetransp reforçou que a homologação seguiu os critérios técnicos e legais estabelecidos no contrato.
Apesar disso, organizações da sociedade civil e grupos de usuários têm pressionado por maior transparência nos critérios adotados e melhorias na prestação de serviço, antes de qualquer novo aumento.
Bilhete Único Pode Reduzir o Impacto
Para os usuários que utilizam o Bilhete Único no cartão Riocard, o impacto do reajuste pode ser mitigado. O benefício permite a integração entre diferentes modais, reduzindo o custo total das viagens. Entretanto, a limitação de uso do Bilhete Único em duas passagens dentro de um intervalo de tempo é vista como insuficiente para atender à demanda de muitos trabalhadores.
Com o novo valor em vigor a partir de fevereiro, resta saber como o aumento será recebido pela população e se medidas serão adotadas para melhorar a qualidade dos serviços ferroviários no estado.