A partir deste sábado (12), os usuários do MetrôRio vão sentir no bolso mais um reajuste no valor da tarifa. A passagem passará de R$ 7,50 para R$ 7,90, consolidando o transporte como o mais caro do estado do Rio de Janeiro — e também do Brasil.
O novo valor representa um aumento de R$ 0,40, que pode parecer pequeno à primeira vista, mas que pesa significativamente no orçamento mensal de quem depende do sistema todos os dias. Com a mudança, o metrô carioca se distancia ainda mais das demais capitais brasileiras no quesito tarifa.
Para se ter uma ideia, o segundo metrô mais caro do país está em Brasília, com uma tarifa de R$ 5,50. Ou seja, a diferença entre o primeiro e o segundo lugar do ranking agora chega a expressivos R$ 2,40 por viagem.
O aumento, segundo a concessionária MetrôRio, está previsto em contrato e leva em conta fatores como a inflação e os custos operacionais. Ainda assim, a notícia revolta muitos usuários que reclamam da qualidade do serviço, da superlotação em horários de pico e da falta de investimentos em melhorias significativas.
Moradores e trabalhadores que utilizam o sistema diariamente questionam como um dos sistemas de transporte mais caros do Brasil ainda apresenta tantos problemas. “Pagamos quase R$ 8 por uma viagem apertada, com intervalos longos e estações que precisam de manutenção. Não faz sentido esse preço tão alto”, disse Ana Paula Santos, moradora da Zona Norte e usuária diária do metrô.
Com o novo valor, o impacto também se estende a quem faz integração com outros meios de transporte, como ônibus e trens. Mesmo com os descontos nas integrações, o custo total da viagem dentro da Região Metropolitana pode ultrapassar facilmente os R$ 15 por trajeto.
O reajuste reacende o debate sobre mobilidade urbana, acessibilidade e justiça tarifária. Especialistas defendem que um transporte público eficiente e com preço justo é fundamental para reduzir a desigualdade social e incentivar o uso de meios coletivos, desafogando o trânsito e contribuindo para o meio ambiente.
Enquanto isso, os cariocas seguem pagando a conta — literalmente.