Uma pesquisa divulgada em 28 de julho de 2025 pelos institutos Ipec/Ipsos trouxe à tona um tema polêmico e recorrente no debate público brasileiro: a pena de morte. De acordo com o levantamento, 43% dos brasileiros se declararam favoráveis à adoção da pena capital, enquanto 49% afirmaram ser contrários. O restante dos entrevistados disse estar indiferente ou não soube responder, evidenciando um cenário de polarização e incerteza em torno do tema.
📊 Tendência histórica e virada recente
A novidade dos dados de 2025 é a inversão na tendência histórica. Nos últimos anos, a rejeição à pena de morte passou a superar o apoio. Em 2022, o mesmo Ipec apontava 42% favoráveis e 49% contrários, já indicando uma estabilização na opinião pública. Contudo, em 2018, a situação era bem diferente: o Datafolha registrou 57% favoráveis, o maior índice já documentado no Brasil, revelando que o clamor por punições mais severas vinha crescendo naquele período.
A queda no apoio desde 2018 pode estar ligada a mudanças no cenário político e social, bem como à percepção de que medidas extremas não necessariamente resultam em melhorias na segurança pública.
🔎 Por que a opinião pública oscila?
A aprovação ou rejeição da pena de morte entre os brasileiros costuma variar conforme o contexto nacional, especialmente em relação à segurança. Em momentos de alta criminalidade ou crimes de grande repercussão, cresce o apelo por punições mais duras — inclusive a pena de morte.
Além disso, posicionamentos políticos e ideológicos influenciam fortemente essas opiniões. Eleitores mais conservadores e religiosos tendem a apoiar penas mais severas, enquanto segmentos mais progressistas defendem alternativas focadas em direitos humanos e ressocialização.
✅ O que conclui a pesquisa de 2025?
A frase “43% dos brasileiros são a favor da pena de morte” circulou amplamente nas redes sociais e reflete um dado real, segundo a pesquisa Ipec/Ipsos. No entanto, a maioria dos brasileiros — 49% — ainda se opõe à medida, revelando um país dividido, mas com uma tendência recente de rejeição ao uso da pena capital como resposta ao crime.
Esse dado reafirma a complexidade do debate, que permanece vivo e instável, influenciado tanto pelo momento político quanto pela realidade da segurança pública no país.