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A Polícia Federal (PF) deflagrou neste sábado (22/9) a Operaçăo Nepsis para desarticular organizaçăo criminosa especializada no contrabando de cigarros e combater a corrupçăo policial que facilitava esses crimes nos estados de Mato Grosso do Sul, Săo Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas.
Cerca de 280 policiais federais de diversos estados foram às ruas para cumprir 35 mandados de prisăo preventiva, oito mandados de prisăo temporária, 12 suspensőes de exercício de atividade policial e 43 mandados de busca e apreensăo nos cinco estados. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da organizaçăo criminosa, encontram-se policiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar e da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.
Segundo a PF, a organizaçăo criminosa investigada formou um consórcio de grandes contrabandistas, com a criaçăo de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul.
De acordo com as investigaçőes, essa rede estava estruturada em um sistema logístico de características empresariais, com a participaçăo de centenas de pessoas exercendo funçőes de “gerentes, batedores, olheiros e motoristas” e, ainda, a corrupçăo de policiais cooptados para participar do esquema criminoso.
Com base na investigaçăo, estima-se que, no ano passado, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1,2 mil carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiőes Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
A Polícia Rodoviária Federal participa da operaçăo, que contou ainda com a colaboraçăo da Receita Federal do Brasil, apoio logístico do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira (FAB) e acompanhamento das corregedorias das polícias Civil e Militar.
De acordo com a PF, Nepsis reporta a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atençăo plena, em uma alusăo à vigilância necessária para combater “as sofisticadas atividades contrabandistas e no que concerne à própria atividade de fiscalizaçăo estatal no combate à cooptaçăo integrantes de órgăos de repressăo e fiscalizaçăo”.
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Fonte: Brasil