A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta terça-feira (18), a Operação Omiros, resultando na prisão de 30 pessoas envolvidas em um esquema criminoso de roubo de celulares. A ação foi coordenada pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e mirou uma quadrilha especializada nesse tipo de crime, que aterrorizava vítimas em diversos pontos do estado.
Segundo as investigações, o grupo não apenas roubava os aparelhos, mas também ameaçava as vítimas para que desbloqueassem os dispositivos, permitindo o acesso a dados bancários e informações sensíveis. Essa abordagem facilitava golpes financeiros e a revenda ilegal dos celulares, aumentando os prejuízos para os proprietários.
O Modus Operandi da Quadrilha
A quadrilha atuava de forma organizada e estruturada. Primeiro, os criminosos identificavam alvos vulneráveis em locais movimentados, como transportes públicos, vias de grande fluxo e eventos. Em seguida, realizavam os roubos de maneira rápida, muitas vezes usando violência e intimidação.
Após subtrair os celulares, os bandidos forçavam os donos a fornecerem senhas e informações sigilosas, sob ameaça de agressões físicas. Com os aparelhos desbloqueados, os criminosos acessavam aplicativos bancários, redes sociais e outras plataformas, aplicando golpes e realizando transferências indevidas.
Investigação e Desdobramentos
A investigação da DDSD durou meses e contou com o apoio de inteligência policial, monitoramento e cruzamento de dados. As autoridades identificaram os líderes do esquema, bem como os receptadores dos aparelhos roubados, que revendiam os dispositivos no mercado ilegal.
A Operação Omiros foi deflagrada em diferentes pontos do Rio de Janeiro, incluindo comunidades onde os criminosos escondiam os celulares roubados e centros de distribuição onde os aparelhos eram adulterados e revendidos. Durante a ação, além das 30 prisões, a polícia apreendeu centenas de celulares, chips telefônicos, cartões bancários e anotações que podem ajudar a aprofundar as investigações.
Impacto e Alerta para a População
O roubo de celulares tem sido uma preocupação crescente para as autoridades e para a população fluminense. Além da perda material, vítimas desse tipo de crime podem sofrer prejuízos financeiros significativos, já que os criminosos utilizam dados pessoais para aplicar golpes.
A Polícia Civil reforça a importância de medidas preventivas, como evitar o uso do celular em locais públicos sem necessidade, ativar recursos de segurança nos dispositivos, como bloqueios remotos e autenticação em dois fatores, e, em caso de roubo, acionar imediatamente as autoridades.
Continuidade das Investigações
Apesar do sucesso da Operação Omiros, as investigações continuam. A polícia busca identificar outros integrantes da quadrilha, bem como os destinos finais dos aparelhos roubados. Além disso, novas operações devem ser realizadas para desarticular completamente o esquema.
A população pode colaborar denunciando atividades suspeitas e fornecendo informações que possam ajudar na identificação de criminosos. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone 190 ou pelo Disque-Denúncia (2253-1177).
Com essa operação, a Polícia Civil do Rio de Janeiro reforça seu compromisso com a segurança pública e combate firme contra o crime organizado. A expectativa é que essa ação reduza significativamente os casos de roubo de celulares no estado e desestimule a atuação de novas quadrilhas.