A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deram início, nesta sexta-feira, a uma operação para localizar e responsabilizar os autores de um incêndio florestal que destruiu 45 mil metros quadrados de Mata Atlântica na Prainha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A área atingida é uma região de preservação ambiental de grande importância ecológica.
As investigações apontam que os responsáveis pelo desastre ambiental são os influenciadores digitais conhecidos como Nando e Raio. Durante a gravação de um vídeo, a dupla teria soltado rojões em direção à mata, provocando um incêndio de grandes proporções. Câmeras de segurança e relatos de testemunhas confirmam que, após perceberem as chamas se alastrando, os influenciadores fugiram sem acionar as autoridades.
O fogo se espalhou rapidamente devido ao clima seco e aos ventos fortes da região, devastando uma extensão equivalente a quatro campos de futebol. A destruição da vegetação nativa impactou gravemente o ecossistema local, matando vários animais silvestres, incluindo uma cobra registrada por equipes de resgate já sem vida.
De acordo com a Polícia Civil, a dupla pode responder por crimes ambientais, incluindo dano a unidade de conservação, incêndio criminoso e maus-tratos a animais. Caso condenados, podem enfrentar penas de até cinco anos de prisão, além de multas milionárias. O Inea reforçou que trabalha para avaliar os impactos do incêndio e tomar medidas para a recuperação da área afetada.
Este caso reacende o debate sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais e os impactos de suas ações no meio ambiente. Especialistas destacam a necessidade de conscientização e fiscalização rigorosa para evitar que eventos como esse se repitam. O episódio também serve como alerta para que crimes ambientais sejam combatidos com mais rigor e que a população denuncie qualquer atividade suspeita que ameace a natureza.
A operação segue em andamento, e a Polícia Civil solicita que qualquer informação sobre o paradeiro dos envolvidos seja repassada anonimamente pelo Disque-Denúncia, no telefone 2253-1177. A justiça e o meio ambiente pedem respostas, e a sociedade aguarda pelo desfecho dessa investigação.