A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta segunda-feira (30), um homem e uma mulher acusados de matar Gizelda de Oliveira, de 61 anos, em Guaratiba, Zona Oeste da capital. O crime, que aconteceu em janeiro de 2025, ganhou contornos ainda mais revoltantes após a descoberta de que a vítima havia acabado de receber sua aposentadoria e possuía um seguro de vida de R$ 10 mil, alvo dos criminosos.
Segundo informações das autoridades, o homem foi localizado em Guaratiba, enquanto a mulher foi capturada em Jacarepaguá, ambos com prisão preventiva decretada por homicídio qualificado. A investigação revelou detalhes perturbadores da ação criminosa.
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que a dupla retira uma barra de ferro do porta-malas de um carro e entra na residência da idosa. Pouco tempo depois, os suspeitos aparecem saindo do local com uma bolsa, onde estariam os pertences roubados da vítima. O laudo da perícia confirmou que Gizelda morreu em decorrência de traumatismo craniano, provocado pelo objeto utilizado no ataque.
Além da brutalidade, a polícia descobriu movimentações suspeitas envolvendo o seguro de vida da vítima. Uma parte significativa do valor, de aproximadamente R$ 10 mil, foi transferida para contas ligadas à família da mulher presa. Essa conexão levantou a suspeita de que outras pessoas possam estar envolvidas no esquema de ocultação do dinheiro.
O caso abalou moradores de Guaratiba, que se mostraram chocados com a frieza da execução. “Era uma senhora tranquila, vivia sozinha e não fazia mal a ninguém. A comunidade está em choque”, relatou uma vizinha, que preferiu não se identificar.
Agora, as autoridades buscam identificar possíveis cúmplices e desvendar se havia planejamento maior por trás do crime. “As investigações continuam para apurar a participação de terceiros, principalmente no que diz respeito ao repasse e lavagem do dinheiro obtido de forma criminosa”, destacou um dos delegados responsáveis.
A prisão do casal é vista como um passo importante para a Justiça, mas o caso ainda levanta muitas perguntas sobre a motivação e a participação de outros envolvidos. A comunidade de Guaratiba, por sua vez, espera que a memória de Gizelda de Oliveira seja honrada com a punição exemplar dos acusados.