Três homens — entre eles, dois policiais militares — foram presos nesta segunda-feira (6) suspeitos de envolvimento na execução do inspetor da Polícia Civil Carlos José Queiroz Viana, assassinado a tiros na manhã de hoje, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. As prisões aconteceram em uma ação rápida da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), poucas horas após o crime.
De acordo com as investigações, os suspeitos foram localizados em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Com o trio, os agentes apreenderam armas de fogo compatíveis com as usadas no assassinato, além de um carro clonado que teria sido utilizado na fuga após o ataque.
Os presos foram identificados como os cabos da Polícia Militar Fábio de Oliveira Ramos e Felipe Ramos Noronha, além de Mayck Junior Pfister, apontado como o terceiro envolvido. Segundo fontes da corporação, os dois PMs lotados em batalhões da Região Metropolitana já vinham sendo monitorados por envolvimento em atividades criminosas.
O inspetor Carlos José, que atuava na Delegacia de Madureira (29ª DP), foi morto na porta de casa, em Piratininga, enquanto colocava o lixo na rua. Câmeras de segurança registraram o momento em que criminosos em um carro branco se aproximaram e efetuaram vários disparos. A vítima não teve chance de reagir e morreu no local.
As armas apreendidas passarão por perícia para confirmar se foram utilizadas no homicídio. A Polícia Civil também investiga se o crime tem relação com o trabalho do inspetor, conhecido por sua atuação firme contra o tráfico e milícias.
O caso provocou forte comoção entre colegas de profissão. Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol-RJ) lamentou o assassinato e cobrou rigor máximo nas investigações.
“Não vamos tolerar que criminosos — sejam civis ou fardados — atentem contra quem dedica a vida a proteger a sociedade. Exigimos justiça para o inspetor Carlos José”, declarou a entidade.
Os três suspeitos permanecem presos e serão indiciados por homicídio qualificado, formação de grupo criminoso e posse ilegal de armas. A DHNSG segue com as investigações para esclarecer a motivação e se há outros envolvidos no crime que chocou o estado nesta segunda-feira.