Após um encontro decisivo com representantes da classe dos motociclistas, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou a revisão do Plano de Segurança Viária que havia sido divulgado recentemente. O plano original, que gerou grande polêmica, previa medidas rígidas para motociclistas, como a redução da velocidade máxima permitida para motos a 60 km/h e a proibição da circulação desses veículos nas pistas centrais de avenidas importantes da cidade, como Brasil, Presidente Vargas e Américas. Essas medidas, que estavam programadas para entrar em vigor em junho, foram suspensas após a reunião realizada no Palácio da Cidade.
A reunião contou com a presença de membros da Associação de Motociclistas do Rio de Janeiro (AMO-RJ), que expressaram suas preocupações sobre o impacto negativo que essas restrições poderiam causar não apenas para os trabalhadores que utilizam a moto como meio de sustento, mas também para a mobilidade urbana como um todo. Segundo os representantes, a limitação da velocidade e a restrição do acesso às pistas centrais poderiam aumentar o tempo de deslocamento, gerar mais congestionamentos e, paradoxalmente, colocar em risco ainda maior a segurança dos motociclistas.
Em resposta às reivindicações, a prefeitura confirmou que as medidas serão revistas para buscar um equilíbrio entre a segurança viária e a preservação da mobilidade dos motociclistas. Eduardo Paes destacou que o objetivo principal do Plano de Segurança Viária é a redução dos acidentes envolvendo motos, que representam uma parcela significativa dos sinistros de trânsito na cidade. No entanto, ressaltou que as novas regras não podem comprometer o fluxo e o direito de ir e vir dos usuários.
O prefeito reforçou que a administração municipal está comprometida em desenvolver uma estratégia mais eficaz e justa, que leve em conta a participação dos motociclistas no planejamento. A prefeitura promete, ainda, ouvir outros setores envolvidos e analisar dados técnicos para propor medidas que realmente tragam melhorias reais na segurança sem prejudicar os profissionais e cidadãos que dependem das motos diariamente.
Este episódio marca um momento importante na relação entre o poder público e a sociedade civil, demonstrando que o diálogo pode influenciar diretamente decisões políticas que impactam o dia a dia da população. A revisão do plano será acompanhada de perto por motociclistas, especialistas em trânsito e demais interessados, que esperam que as futuras medidas sejam equilibradas, eficientes e respeitosas com todos os usuários das vias públicas.
Em suma, a Prefeitura do Rio reafirma seu compromisso em buscar soluções que conciliem a segurança no trânsito com a manutenção da mobilidade urbana, especialmente para os motociclistas, que são uma parcela expressiva dos condutores da cidade. O plano será reavaliado e deve ser apresentado novamente em breve, com novas propostas que levem em consideração as demandas discutidas na reunião no Palácio da Cidade.