Nesta quinta-feira (18/07), o prefeito Eduardo Paes sancionou a Lei Complementar 273/2024, que viabiliza a construção de um novo autódromo no Rio de Janeiro após 12 anos sem uma pista dedicada à modalidade esportiva. A nova instalação será erguida em uma área próxima ao terminal de BRT Mato Alto, entre a Avenida Dom João VI e a Estrada da Matriz, em Guaratiba, na Zona Oeste da cidade.
Operação Urbana Consolidada
A lei, proposta pelo poder executivo e discutida em reuniões e audiências públicas, institui uma Operação Urbana Consolidada (OUC). Esta operação estabelece mecanismos legais para arrecadação de investimentos financeiros, utilizando a Transferência do Direito de Construir (TDC). O potencial construtivo que não será utilizado na área do autódromo poderá ser transferido para outras regiões da cidade, gerando recursos para financiar o projeto.
Contrapartidas e Benefícios para a Comunidade
A Câmara Municipal incluiu emendas que destinam parte dos recursos arrecadados para melhorias no trânsito nos bairros receptores e a reserva de dois lotes na área do futuro autódromo para a construção de uma escola e uma área pública de esporte e lazer.
Carlo Caiado, presidente da Câmara de Vereadores, destacou a importância do projeto: “A cidade poderá voltar a receber inúmeras competições de diferentes modalidades. Será mais uma opção para o Brasil e para a América Latina. Além disso, o novo autódromo poderá receber outros grandes eventos. Ele também será um parque, com área de proteção ambiental, o que garantirá a preservação das espécies locais. O autódromo ajudará a desenvolver a região, oferecendo diversas possibilidades para os moradores da Zona Oeste.”
Impacto Econômico
O setor de automobilismo movimenta mais de 1 trilhão de reais globalmente por ano, segundo a Federação Internacional do Automobilismo. No Brasil, a Fórmula 1 teve um impacto positivo de R$ 1,6 bilhão na cidade de São Paulo em 2023, e a etapa da Stock Car em Belo Horizonte gerou R$ 170 milhões para a economia local em 2024. Com a construção do novo autódromo, o Rio de Janeiro poderá se beneficiar economicamente de diversas categorias de competições automobilísticas.
Preservação Ambiental
A construção do autódromo ocupará no máximo 2% da área total, enquanto os 98% restantes serão dedicados a um parque ambiental. A legislação prevê um plano de recuperação ambiental, incluindo o replantio de espécies nativas e a preservação de um manguezal de 43 mil metros quadrados. A área verde contribuirá para a revitalização de uma região considerada semiárida.
Questões energéticas também foram contempladas, com a instalação de painéis de energia solar, iluminação a LED, e sistemas de reúso de águas servidas e captação de água de chuva, promovendo a economia de recursos naturais.
Conclusão
Com a sanção da Lei Complementar 273/2024, o Rio de Janeiro dá um passo importante para o desenvolvimento esportivo, econômico e ambiental. O novo autódromo promete ser um ponto de convergência para competições internacionais e um marco na revitalização da Zona Oeste, beneficiando moradores e atraindo investimentos para a cidade.