O Rio de Janeiro, conhecido mundialmente por sua vocação cultural e artística, acaba de ganhar um novo e poderoso símbolo para o cinema brasileiro. Nesta segunda feira, Eduardo Paes anunciou que a Prefeitura do Rio irá publicar em edição extra do Diário Oficial a decisão de comprar e transformar o imóvel onde foi gravado o filme “Ainda Estou Aqui” em um espaço de memória e celebração da sétima arte: a Casa do Cinema Brasileiro.
A iniciativa surge após o filme, estrelado por Fernanda Torres, conquistar o primeiro Oscar da história do Brasil em quase um século da premiação. A produção emocionou o mundo ao contar a história de Eunice Paiva e sua luta em tempos de ditadura, combinando memória familiar e resistência democrática. O impacto foi tão grande que a casa, que serviu como principal locação do filme, se tornou um símbolo da força do cinema nacional e da importância de preservar nossa história.
Com a aquisição do imóvel, a Prefeitura pretende transformar o espaço em um centro cultural aberto ao público, onde cariocas e turistas poderão mergulhar na história do filme, conhecer detalhes sobre os bastidores da produção e entender a trajetória de Eunice Paiva e sua família. Mas a proposta vai muito além: a Casa do Cinema Brasileiro também será um local de homenagem permanente a atriz Fernanda Torres
Um presente para o cinema nacional
Além de funcionar como um museu vivo da produção vencedora do Oscar, o espaço terá uma programação dinâmica e interativa, com exposições sobre a presença do Brasil na maior premiação do cinema mundial. O público poderá conhecer desde os primeiros filmes brasileiros indicados à estatueta dourada até os desafios e conquistas mais recentes da nossa indústria audiovisual.
“Essa casa representa não só a conquista do Oscar, mas a memória de Eunice Paiva, uma mulher fundamental na defesa da democracia no Brasil. É um espaço que une cinema, memória política e resistência cultural. E queremos que seja aberto para todos”, explicou Eduardo Paes ao anunciar a novidade.
Nova sede da Rio Film Commission
Além do caráter histórico e cultural, a Casa do Cinema Brasileiro terá uma função estratégica para o futuro do audiovisual carioca. O espaço abrigará a nova sede da Rio Film Commission, órgão responsável por atrair e apoiar produções cinematográficas na cidade. A ideia é transformar o local em um polo de incentivo, aproximando cineastas, produtores e artistas, criando um ambiente fértil para novos projetos e, quem sabe, futuras premiações internacionais.
Segundo Paes, o Rio de Janeiro tem todas as condições de se consolidar como a capital do cinema na América Latina, e a nova casa será uma vitrine viva para o mundo. “O cinema brasileiro precisa desse tipo de espaço. É memória e futuro no mesmo lugar”, afirmou o prefeito.
Emoção e torcida pelo futuro
A Casa do Cinema Brasileiro será preparada para receber o troféu histórico, mas Eduardo Paes deixou claro que o espaço é, também, uma espécie de amuleto para futuras conquistas. “Quem sabe nossa próxima estatueta não vem morar aqui? A gente sonha, a gente trabalha, e a gente vai sorrir”, disse, em tom otimista.
Com essa iniciativa, a Prefeitura do Rio não apenas celebra uma conquista histórica para o cinema nacional, mas reafirma o compromisso da cidade com a preservação da memória e o incentivo à cultura. A expectativa é que a Casa do Cinema Brasileiro se torne um novo ponto turístico, educativo e cultural da cidade, resgatando o orgulho da população pelo cinema feito no Brasil.
Em tempos de desafios para o setor cultural, a notícia surge como um sopro de esperança e uma declaração de amor ao audiovisual brasileiro. Afinal, o Oscar é apenas o começo. O verdadeiro prêmio é a valorização da nossa história e do nosso talento.