O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, recebeu nesta segunda-feira (20/01) o presidente da República, Jair Bolsonaro, no Palácio da Cidade, em Botafogo. Durante o encontro, que durou 1h40, os dois discutiram diversas questões relativas à cidade como a renegociação da dívida com o BNDES, as obras da Transbrasil e o ressarcimento à Prefeitura por gastos na Saúde.
– A cidade do Rio de Janeiro se engrandece hoje porque o presidente da República esteve conosco, ouviu nossos pedidos e, com certeza, vai encaminhar nossas justas e legítimas aspirações – afirmou Crivella, após o encontro.
Por que a Prefeitura quer ressarcimento federal para a Saúde?
O prefeito explicou que postos de saúde e hospitais federais foram municipalizados em 1995 e que servidores que se aposentaram nestas unidades foram repostos por funcionários municipais. Os repasses federais previstos no acordo não foram atualizados, o que gerou uma dívida do governo federal com o município.
– Nós ganhamos uma ação na Justiça. Isso dá, mais ou menos, entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões. Estamos fazendo um acordo com o Ministério da Saúde que esperamos em breve resolver – disse Crivella, acrescentando que uma comissão com membros dos governos municipal e federal será criada para solucionar essa questão.
Empréstimo com BNDES foi outro assunto debatido
Os empréstimos contraídos pela Prefeitura na gestão passada também foram debatidos com o presidente. Crivella explicou que seu governo precisou pagar compromissos de R$ 6,8 bilhões, sendo que cerca de R$ 5 bilhões se referem ao BNDES.
– É uma coisa que, desde o primeiro dia de governo, eu tenho tentado resolver. Nós já encaminhamos pedidos para a renegociação desta dívida e esperamos que sejam bem-sucedidos – afirmou o prefeito.
Crivella e Bolsonaro também discutiram os repasses previstos em contrato com a Caixa Economia Federal para a conclusão das obras da Transbrasil, corredor do BRT que ligará o Centro a Deodoro. O prefeito disse que espera, em 40 dias, contar novamente com a presença do presidente no Rio de Janeiro, já que o convidou para a inauguração da primeira escola cívico-militar, no Rocha.
– O presidente foi muito solícito, anotou tudo, e encaminhou também reuniões que farei em Brasília. Isso vai ser bom para nós, para o Rio de Janeiro – disse o prefeito. ao final do encontro que contou com a apresentação de 30 jovens da Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca, formada por estudantes da rede pública municipal.