Quando se tira o nome do bairro de uma estação, seja de trem, metrô ou BRT, o objetivo é reduzir a identificação do morador, e de quem transita por lá, com o bairro, eliminar as referências, o que contribui para reduzir, também, o exercício da cidadania. Neste caso, então, é mais grave ainda, pois Campinho é um dos nomes mais importantes do subúrbio carioca, nome utilizado há séculos e que abrigou a Estalagem do Campinho, parada obrigatória para quem vinha de Minas e São Paulo ao Rio na época das estrada de terra e por onde Tiradentes descansou muitas vezes, como militar, e também visitantes estrangeiros, como a inglesa Maria Graham, que cuidou da educação da princesa Maria da Glória, filha de Pedro I e Leopoldina. O mais triste é ver na matéria moradores que não estão nem aí para a mudança. Vai mudar o nome da estação do metrô do Largo do Machado, do Catete ou do Flamengo pra ver o que acontece!
Ah, sim, o novo nome será Estação Apóstolo Samuel Joaquim, em homenagem ao líder religioso da Igreja do Deus Vivo Coluna e Baluarte da Verdade A Luz do Mundo. O autor da emenda é o vereador João Mendes de Jesus, mas antes mesmo de ser aprovada pela Câmara o prefeito Marcelo Crivela já decretou a mudança.