Na estreia nesta sexta-feira da propaganda eleitoral na TV e no rádio, os dois primeiros colocados nas pesquisas do Rio, Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos), anteciparam-se a temas sensíveis que podem enfrentar na corrida até as urnas, enquanto que a maioria dos demais candidatos – alguns ainda pouco conhecidos do grande público – focou na apresentação de suas biografias. O ex-prefeito Paes abriu seu horário gratuito abordando o tema corrupção, tentando se descolar da imagem do ex-governador Sérgio Cabral. Ninguém pode ser julgado porque foi “amigo de alguém que se sujou”, disse ele. Já Crivella repetiu que é o “mais insatisfeito de todos os cariocas” e que queria ter feito mais como prefeito. Mas ressalvou que, além de crises como a do coronavírus, teria assumido o município com problemas de caixa e obras superfaturadas.
Foi um ataque indireto a seu antecessor, com quem agora disputa a vaga no Palácio da Cidade. Segundo Crivella, ele teve “R$ 15 bilhões a menos para cuidar da cidade”. Ele ressaltou, no entanto, a atuação da prefeitura no combate à pandemia e disse que, em 25 dias, sua gestão pôs em operação o hospital de campanha para atender às vítimas da Covid-19. Além disso, lembrou seu embate para encampar a Linha Amarela e acabar com a cobrança de pedágio na via.