Por Deco serejo
Foi uma pergunta como essa, que aguçou nossa curiosidade, num grupo de rede social, sobre Campo Grande. Entre tantas respostas, optamos em conhecer três estabelecimentos, que foram apontados como os mais antigos pelos seguidores.
Na rua Campo Grande , vistamos o Bar João Marli. O bar , um típico pé sujo suburbano, serve aos fregueses, de maioria masculina, iguarias como: pé de galinha, jiló, fígado de galinha,costela com batata,linguiça com farofa.
E em dias determinados da semana: feijoada e mocotó. Também é possível tomar uma cachacinha mineira de barril e outras.
Quem nos atendeu, foi o único funcionário do bar: Moacir . Ele trabalha no bar há 34 anos, foi seu primeiro e único trabalho de carteira assinada. O espaço do bar é apertado, na verdade um longo corredor, mas a comida é muito boa, acreditamos que seja o segredo do negócio, além do bom atendimento do Moacir que no diz que antes da inauguração do Restaurante Popular, o bar vendia mais refeições que hoje.
Ao lado do Bar João Marli, um simpático relojoeiro. É o seu Antônio. São 58 anos no mesmo lugar exercendo a profissão.
Coincidentemente o espaço também é apertado como no bar. Entre um atendimento e outro, casa cheia e bom humor, o seu Antônio, que é de Minas Gerais, e que chegou no Rio com 4 anos, bate um papo conosco. Em Campo Grande ele mora no loteamento do sol e da felicidade, segundo ele. Você saberia qual é?
Ele também nos fala como era o espaço ,onde trabalha, anteriormente:
…”só que o balcão era ali ( nos fundos da loja) e só tinha a metade da loja. Aí o alfaiate foi embora, eu aluguei o sobrado. Havia uma escada do lado, tiraram a escada e fizeram o bar, e passaram a escada pra cá, eu que quebrei a escada de concreto, para ganhar espaço e tem uma sala de 50 metros no andar de cima…”
Em seguida fomos conhecer o Bar Vitor Alves, que leva o nome da rua onde está localizado, mas conhecido como o bar do seu João.
Na verdade é um bar e armazém. Um mercadinho antigo antes das grandes redes na zona suburbana. Quem nos recebe é Gerson, filho do seu João.
O seu João é proprietário do bar desde 1974 ( 46 anos) e antes havia pertencido ao Sr Ênio, que já trabalhava no local pelo menos uns 8 .O lugar nunca passou por reformas e permanece como era desde os anos 70. Não é uma graça? Seu João, na parte da tarde, dá expediente no bar com o o outro filho, Sérgio. Com 88 anos , ele não consegue ficar parado em casa.
Se você conhece outros estabelecimentos antigos em Campo Grande e concorda que eles merecem uma visita da Deca Serejo. Mande nos comentários.
Imagens: Deca Serejo