Em um triste e revoltante episódio, mais uma vida foi ceifada pela violência que assola o Rio de Janeiro, mais especificamente em Seropédica, na Baixada Fluminense. O jovem Bernardo Paraíso, estudante de Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, se tornou a mais recente vítima da ação de milícias na região. Este lamentável acontecimento não apenas choca pela brutalidade, mas também pela previsibilidade do desfecho trágico, fruto de um contexto de violência e negligência que vem se arrastando por anos.
Bernardo, um jovem niteroiense cheio de sonhos e aspirações, teve sua vida interrompida abruptamente em meio a uma troca de tiros entre as milícias que disputam o controle territorial em Seropédica. Filho do coordenador geral do Samu da Região Metropolitana II, Bernardo representava a esperança de uma família e de uma comunidade que agora está mergulhada em luto e indignação.
A perda de Bernardo joga luz sobre a realidade sombria enfrentada por inúmeras famílias no Rio de Janeiro, cujos entes queridos se tornam estatísticas nas mãos do crime organizado. A expansão territorial das milícias e o aumento do seu poder representam não apenas um desafio para a segurança pública, mas também uma grave violação dos direitos humanos, colocando em risco a vida de cidadãos inocentes que buscam apenas viver em paz.
Não consigo imaginar a dor que a família de Bernardo está sentindo neste momento. A violência desmedida e a falta de segurança transformam sonhos em pesadelos e futuros promissores em memórias dolorosas. A ação das milícias no Rio de Janeiro não é apenas um problema de segurança pública; é um reflexo de falhas sistêmicas profundas que requerem atenção urgente e ações concretas por parte das autoridades.
Este trágico incidente serve como um triste lembrete da urgência em enfrentar e desmantelar as redes de crime organizado que operam com impunidade em diversas partes do estado. É fundamental que o Estado assuma seu papel de garantidor da segurança e dos direitos de seus cidadãos, implementando políticas eficazes de combate à violência e proporcionando recursos adequados para as forças de segurança.
A solidariedade para com a família e amigos de Bernardo Paraíso, e de todos aqueles que já sofreram nas mãos do crime organizado, deve se transformar em ação. É hora de cobrar responsabilidade e exigir mudanças significativas que possam trazer esperança de um futuro em que a paz e a segurança não sejam apenas privilégios, mas direitos garantidos a todos os cidadãos.
Neste momento de luto e revolta, unamo-nos em solidariedade aos que foram afetados por essa tragédia e trabalhemos juntos por uma sociedade onde a vida e a liberdade sejam protegidas acima de tudo. A memória de Bernardo e de tantos outros não será esquecida. Que suas histórias inspirem a busca por um Rio de Janeiro livre da tirania das milícias e da violência descontrolada.