Nos bastidores do Vaticano, uma pergunta começa a ganhar força: quem será o próximo Papa? Com a saúde do Papa Francisco sendo acompanhada de perto, cresce a expectativa sobre sua sucessão. Diante desse cenário, Edward Pentin — um dos maiores especialistas no Vaticano e respeitado jornalista religioso — elaborou uma lista com os principais nomes cotados para assumir o trono de São Pedro no futuro.
Pentin, que acompanha de perto os movimentos da Santa Sé, analisou não apenas a trajetória espiritual e pastoral dos cardeais, mas também seu posicionamento político e influência dentro da Igreja. A lista que ele apresenta tem ganhado repercussão internacional por sua precisão e profundidade.
Entre os nomes mencionados, estão cardeais com perfis distintos: alguns mais conservadores, outros mais progressistas, refletindo o debate interno da Igreja sobre seus rumos nos próximos anos. A sucessão de Francisco não será apenas uma mudança de liderança, mas pode representar uma transformação importante na condução da Igreja Católica em um mundo cada vez mais polarizado e secularizado.
O conclave — reunião dos cardeais para a escolha do novo Papa — ainda não tem data, mas os preparativos silenciosos e as movimentações políticas já estão em curso nos corredores do Vaticano. Cada nome da lista de Pentin representa não apenas uma possibilidade, mas também uma visão diferente de futuro para a Igreja.
Enquanto isso, os fiéis ao redor do mundo aguardam com atenção. Quem será o próximo sucessor de São Pedro? A resposta pode mudar os rumos do catolicismo global.
(Péter Erdő)
País: Hungria
Idade: 72 anos
Criado cardeal por João Paulo II. É o presidente da Conferência Episcopal húngara. Trabalhou para reabilitar no cargo o cardeal Mindszenty, seu predecessor, que lutou fortemente contra o comunismo na Hungria.
Luis Antonio Tagle
País: Filipinas
Idade: 67 anos
Prefeito do Dicastério para a Evangelização. Progressista, carismático e próximo às pessoas. Tem um enfoque na misericórdia e na justiça social, alinhado ao legado de Francisco.
Pode ser o primeiro Papa asiático.
Peter Turkson
País: Gana
Idade: 76 anos
Pode ser o primeiro Papa negro.
Ex-presidente do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral. É um moderado, combina sensibilidade social e diplomacia.
Também seria o primeiro Papa africano
Raymond Burke
País: Estados Unidos
Idade: 76 anos
É o candidato apoiado por Donald Trump. Representa o setor mais conservador. Foi um forte opositor a Francisco, especialmente a todas as reformas dos últimos anos.
Matteo Zuppi
País: Itália
Idade: 69 anos
Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana. Membro de Sant’Egidio, é conhecido por seu trabalho em mediação e diálogo inter-religioso. É um progressista dialogante.
Malcom Ranjith
País: Sri Lanka
Idade: 77 anos
Nomeado bispo por João Paulo II. Foi também apoiado por Bento XVI. Fala 10 idiomas. Se opôs ao matrimônio entre pessoas do mesmo sexo no Sri Lanka e proibiu as mulheres de servir no altar durante as missas.
Pietro Parolin
País: Itália
Idade: 70 anos
É o atual Secretário de Estado do Vaticano. Homem de máxima confiança de Francisco. O acusam de aproximá-lo da “esquerda global”.
É reconhecido por sua diplomacia e pragmatismo, sua posição o coloca entre os moderados.
Willem Eijk
País: Países Baixos
Idade: 71 anos
É arcebispo de Utrecht e teólogo tradicionalista. Contra as reformas de Francisco em questões de moral sexual e a comunhão para os divorciados que voltaram a se casar, se alinha mais com a visão conservadora de Bento XVI.
Como é feita a escolha do próximo Papa:
Quando o papado fica vago (por morte ou renúncia), os cardeais com menos de 80 anos se reúnem no Conclave na Capela Sistina. Em votações secretas, elegem o novo pontífice, que precisa receber 2/3 dos votos. Durante o processo, os cardeais ficam isolados do mundo exterior até que a fumaça branca anuncie a escolha do novo Papa