RELATO DE UM PAI MORADOR DE CAMPO GRANDE
A realidade do professor atualmente com a nova lei trabalhista.
“Olha que interessante, fui conhecer uma escola aqui de CG para matricular minha filha. Enquanto a diretora mostrava, empolgadíssima, sua estrutura (carteiras bonitas, biblioteca infantil, área disso… área daquilo…) viro pra mulher e pergunto: “Quanto é a hora/aula do professor que vai dar aula pra minha filha aqui na sua escola?” A diretora empacou. Perguntou se eu estava querendo matricular ou procurando emprego. Eu prossegui: “Quero matricular, mas quero saber quanto sua escola investe em quem vai ensinar minha filha”. Empacamento 2. Ela parou… ficou me olhando… e disse: “Pagamos o que está determinado no sindicato, ou seja, R$ 8,19 por hora/aula”.
Eu sorri e já disse a conta pronta: “Como são 4 horas por dia e 5 dias por semana, temos 20 aulas x 4 semanas… 80 aulas… Vezes 8,19… Uns 650,00 reais por mês? É isso que a pessoa que ensinará minha filha ganha? Se trabalhar dois períodos 1300,00?” Que professores a Sra. tem aqui? Quem aceita trabalhar por isso?” A mulher me fuzilou com os olhos… Dane-se… Transporte esse salário para o comércio e chegará em ocupações que não exigem preparação. Se você pensar pelo lado do livre mercado (trabalho no melhor salário para minha capacidade) , chegamos facilmente à conclusão de que eu devo me preocupar com a “fessora” da minha filha.
Aí falei pra espumante Diretora: “A Sra. paga pouco, e com isso não se contrata boa mão de obra e é essa mão de obra que me interessa, não sua biblioteca, sua área disso… área daquilo… Devemos matricular nossos filhos na escola que pagar a melhor hora/aula, pq a TENDÊNCIA é que lá estejam os melhores professores”.