O pai do menino Bryan Eduardo Mercês, de 6 anos, morto numa briga de trânsito na Estrada do Campinho, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, na madrugada de domingo, foi uma das testemunhas ouvidas pelo delegado titular da Divisão de Homicídios (DH) da Capital, Fábio Cardoso. Segundo o delegado, Cristiano Lopes contou que voltava com os filhos e a mulher da casa da sogra, quando parou no sinal e percebeu que o carro que estava atrás, um Gol branco, começou a piscar o farol.
Em seguida, de acordo com o depoimento do pai de Bryan, o carro parou ao lado do dele, no sinal do Posto Preto Velho, e o ocupante começou a xingá-lo. Em seguida, o homem atirou contra o veículo da família.
— Um dos tiros acabou atingindo as costas do menino, a bala transfixou e atingiu a perna da irmã mais nova, de 3 anos, que passa bem — disse Cardoso.
Segundo o delegado, equipes da DH estão em diligências para tentar identificar os criminosos:
— Ainda é cedo para divulgarmos qualquer tipo de suspeita. Mas também fazemos um apelo para que possíveis testemunhas do caso procurem a DH para nos ajudar com informações que levem aos criminosos.
De acordo com o Registro de Ocorrência feito na 35ª DP (Campo Grande), Cristiano contou que, assim que os disparos foram feitos, sua mulher sentiu um calor em sua perna e Bryan reclamou de dor nas costas. Os dois estavam no banco traseiro do veículo. Ao olhar pelo retrovisor, o pai disse ter percebido que a blusa do menino estava ensanguentada e que a filha, Jullyene Vitoria Mercês de Camargo, de 3 anos, estava com a perna machucada.
Bryan foi levado para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, mas não resistiu. De acordo com a assessoria da Secretaria municipal de Saúde, o garoto chegou à unidade em estado gravíssimo, com perfurações no tórax. Foi encaminhado à cirurgia e os médicos conseguiram estabilizar seu quadro, até a tarde deste domingo, para que fosse transferido para uma UTI Pediátrica. Porém, isso não aconteceu. Por volta das 17h, Bryan teve uma parada cardiorrespiratória e morreu antes de seguir para o Hospital Albert Schweitzer.
Fonte: Extra