Mais um episódio chocante de feminicídio volta a manchar a história recente do Rio de Janeiro. Paloma Batista de Oliveira, de apenas 29 anos, foi espancada até a morte pelo próprio companheiro, na tarde desta quinta-feira (14), em Nilópolis, na Baixada Fluminense. O crime, cometido com extrema violência, ocorreu dentro da casa onde o casal vivia, na presença dos filhos pequenos da vítima.
De acordo com a mãe de Paloma, a agressão teria sido motivada por uma crise de ciúmes. O suposto autor do crime, identificado como Felipe, não teria se importado com a presença das crianças e desferiu socos e chutes contra a companheira até que ela não resistisse.
O relato da mãe, em meio à dor, é estarrecedor:
“Meu neto chegou na sala e falou: ‘o tio Felipe bateu tanto na minha mãe que ele matou ela’… Quando fui dar banho nele, vi marcas e cortes no corpo todo.”
A cena presenciada pelas crianças é de cortar o coração. Dois pequenos, agora órfãos de mãe, terão que carregar para sempre as marcas emocionais de um crime que, mais uma vez, evidencia o quanto a violência doméstica segue sendo uma tragédia recorrente no país.
A Polícia Civil abriu investigação e busca por Felipe, que fugiu logo após o crime. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) está à frente do caso, e familiares pedem que qualquer informação que leve ao paradeiro do agressor seja repassada imediatamente às autoridades.
O feminicídio de Paloma expõe, mais uma vez, a urgência de políticas públicas mais efetivas no combate à violência contra a mulher. Apesar da Lei Maria da Penha e de campanhas de conscientização, o número de vítimas ainda assusta: dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que uma mulher é morta a cada sete horas no Brasil, vítima de um companheiro ou ex-companheiro.
Paloma não volta mais. Dois filhos pequenos, que deveriam estar brincando e sonhando com o futuro, foram obrigados a assistir à morte da própria mãe.
⚠️ Até quando mulheres terão suas vidas interrompidas por quem jurou amar e proteger?
A memória de Paloma deve servir como um grito de alerta: o silêncio protege o agressor, e denunciar pode salvar vidas