A cidade do Rio de Janeiro se transforma em uma verdadeira fortaleza nos dias 6 e 7 de julho para receber um dos eventos diplomáticos mais importantes do ano: a cúpula do BRICS. Reunindo chefes de Estado e autoridades de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o encontro exige um esquema de segurança de altíssimo nível — e o governo estadual não está medindo esforços para garantir que tudo ocorra dentro dos padrões internacionais.
Logo nos preparativos iniciais, ficou claro que a movimentação exigiria medidas drásticas. O Aeroporto Internacional do Galeão, principal porta de entrada da cidade, terá horários restritos para pousos e decolagens durante os dois dias da cúpula. Segundo fontes ligadas à logística do evento, as interrupções temporárias visam facilitar a chegada e saída das comitivas internacionais, além de reforçar o controle do espaço aéreo.
Além disso, a segurança terrestre será reforçada com a atuação de tropas de elite da Polícia Militar, da Polícia Federal, da Força Nacional e de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Barreiras serão montadas em pontos estratégicos da cidade, principalmente nas proximidades do local da cúpula — que, por questões de segurança, ainda não teve o endereço oficialmente divulgado.
Drones de monitoramento, helicópteros e até blindados devem integrar a megaoperação, que contará também com apoio das Forças Armadas. A estimativa é de que mais de 5 mil agentes de segurança sejam mobilizados durante o evento.
Moradores e turistas devem se preparar para alterações no trânsito, especialmente na Zona Sul e no Centro do Rio, regiões mais visadas por conta dos hotéis onde as delegações devem se hospedar. A CET-Rio informou que divulgará até sexta-feira (5) um plano detalhado com interdições e desvios.
A realização da cúpula do BRICS no Rio é considerada um momento estratégico para a diplomacia brasileira, e também uma vitrine internacional para a cidade — mas a prioridade, segundo o governo estadual, é garantir “segurança máxima para evitar qualquer incidente”.
Com um esquema que lembra grandes eventos como Olimpíadas e Copas do Mundo, o Rio se blinda para receber o mundo. A contagem regressiva já começou — e a cidade, literalmente, vai parar.