O país se chocou com a trágica morte dos enteados da filha do técnico Mano Menezes em um acidente automobilístico. No entanto, o que poucos sabem é que o mesmo trecho onde a tragédia aconteceu já tirou outras 7 vidas só em 2025 — totalizando 9 vítimas fatais nos primeiros meses do ano. Até quando esse cenário será ignorado?
A rodovia em questão, conhecida por seus altos índices de acidentes, já era motivo de alerta por parte de moradores, motoristas e autoridades locais. Buracos, sinalização precária, falta de iluminação e fiscalização insuficiente compõem um cenário perigoso que coloca em risco milhares de vidas diariamente.
Moradores das redondezas relatam o medo constante de trafegar pela via. “A gente reza cada vez que entra nesse trecho. Já vimos muitos acidentes, muitas famílias destruídas”, conta um comerciante que prefere não se identificar. A sensação de abandono e descaso por parte das autoridades é geral.
Especialistas em trânsito afirmam que o alto número de acidentes nesse trecho específico não é coincidência. “Há falhas estruturais graves que aumentam significativamente o risco de colisões, principalmente em horários de pico e durante a noite”, explica um engenheiro de tráfego. “É urgente que medidas sejam tomadas para evitar novas tragédias.”
Mesmo com os números alarmantes, nenhuma ação concreta foi anunciada até o momento. Enquanto isso, vidas continuam sendo perdidas e famílias enlutadas, vítimas de um sistema que insiste em fechar os olhos para o problema.
O caso recente envolvendo os familiares de Mano Menezes ganhou destaque nacional, mas é apenas mais um retrato doloroso de uma realidade que se repete. A comoção não pode durar apenas até a próxima tragédia. É preciso transformar o luto em cobrança, em mobilização, em pressão para que algo mude.
A pergunta que fica é: quantas vidas mais serão necessárias para que algo seja feito? Até quando a tragédia será tratada como rotina? O alerta está dado, e o tempo para agir é agora.