POR DIARIO DO RIO
Uma leitora do Diário do Rio, que preferiu não ter o nome citado por conta do processo traumático que viveu, há pouco mais de um mês perdeu sua cachorrinha de estimação. Trata-se de uma Yorkshire, a raça mais roubada no Rio de Janeiro.
Em um momento de descuido, ela teve seu animal furtado, na orla de Ipanema, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro.
O drama desta leitora é o mesmo de muitos outros donos de cães no Rio. O roubo desses animais se tornou rotina na cidade e no estado. A ausência de uma delegacia própria para denuncia e investigação do crime colabora para que o problema seja ainda maior.
Polícia Militar, Guarda Municipal, Ministério Público Estadual, Suipa e ONGs do Rio de Janeiro não têm os números precisos sobre os casos, porque os crimes acabam sendo denunciados nas delegacias dos bairros onde os mesmos acontecem. Isso dificulta o levantamento de estatísticas detalhadas.
A leitora do Diário, após semanas de busca, teve seu animal recuperado. Com muita divulgação e uma boa recompensa, sua cachorrinha voltou para casa. A pessoa que entregou o animal disse que a comprou nas mãos de dois homens.
Os crimes ocorrem, na maioria das vezes, quando os donos estão passeando sozinhos com os animais, à noite, em ruas menos movimentadas. Há registros de assaltos à mão armada, inclusive.
Os criminosos costumam vender os animais em feiras ilegais, nas quais os bichos são colocados em pequenas gaiolas, expostos ao sol ou ao sereno durante horas, sem acesso à água ou à comida. Ou são levados para cativeiros, onde são realizados cruzamentos e os filhotes são vendidos. A internet também é usada para tal comercialização ilegal.
Os valores dos cães variam entre 2.000 e 7.000 reais. As 5 raças mais visadas por criminosos são Yorkshire, Lulu da Pomerânia, Maltês, Shih Tzu e Pug.
Procurada pela reportagem para comentar o assunto, a Subsecretaria de Bem Estar Animal- SUBEM – não respondeu.