Data: 10 de julho de 2025
Atualizado: 10 de julho de 2025
Na madrugada de 9 de julho de 2025, a Rússia desencadeou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da invasão, em fevereiro de 2022. Segundo o Comando das Forças Armadas da Ucrânia, foram lançados impressionantes 728 drones de ataque, em sua maioria do modelo Shahed, além de 13 mísseis de cruzeiro e balísticos. O ataque coordenado durou horas e teve como alvo múltiplas regiões do país, incluindo a cidade de Lutsk, no oeste ucraniano.
As forças ucranianas informaram ter conseguido interceptar 711 dos drones e sete mísseis, evitando o que poderia ter sido uma tragédia ainda maior. No entanto, alguns projéteis conseguiram atingir infraestruturas militares, e há confirmação de ao menos uma morte e diversos feridos em decorrência das explosões, segundo informações do portal UOL Notícias, corroboradas por veículos internacionais como The Sun e Agência Brasil.
Esse ataque é considerado o maior do tipo em uma única noite desde o início da guerra, sendo descrito por analistas como uma “tentativa desesperada de Moscou de romper a resistência aérea ucraniana” e testar a capacidade de defesa do país. Especialistas também apontam que a ofensiva pode ter motivações estratégicas ligadas ao aumento da tensão internacional e ao recente endurecimento do discurso de líderes ocidentais contra Vladimir Putin.
O governo ucraniano destacou que o país segue resiliente, mesmo diante de ataques cada vez mais intensos. Autoridades também ressaltaram a importância do apoio ocidental para manter os sistemas de defesa aérea operacionais. De acordo com fontes da NATO, caças foram mobilizados em países vizinhos, como Polônia e Romênia, em estado de alerta máximo, temendo uma possível escalada regional.
Imagens divulgadas por moradores de Kiev, Kharkiv e Dnipro mostraram céus iluminados por explosões e rastros de interceptações aéreas. A comoção tomou conta das redes sociais, com mensagens de solidariedade à Ucrânia vindas de diversos líderes mundiais.
A ofensiva de 9 de julho entra para a história como um dos capítulos mais sombrios da guerra, que já ultrapassa três anos de duração. Enquanto o mundo observa apreensivo, a Ucrânia segue resistindo — sob fogo, mas de pé.