A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (SEAP-RJ) intensificou a repressão à comunicação ilegal dentro dos presídios e realizou mais uma fase da Operação Chamada Encerrada nos últimos dois dias. A ação resultou na apreensão de 157 celulares e 27 quilos de material supostamente entorpecente em seis unidades prisionais do estado.
A operação foi conduzida pela Polícia Penal, com vistorias minuciosas no Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu), além de presídios em Japeri, Niterói e Magé. As apreensões são um duro golpe contra a estrutura criminosa que opera dentro das penitenciárias, dificultando a comunicação entre detentos e o mundo exterior.
Uma Operação Contínua Contra o Crime
A Chamada Encerrada teve início no ano passado como parte de um esforço contínuo da SEAP-RJ para coibir a entrada e circulação de materiais proibidos dentro das unidades prisionais do estado. A operação busca desarticular as redes criminosas que atuam a partir dos presídios, muitas vezes ordenando crimes e coordenando atividades ilícitas.
O secretário da SEAP-RJ destacou que o combate à comunicação ilegal é essencial para enfraquecer facções criminosas e impedir a atuação de líderes do crime organizado de dentro das cadeias. Com a intensificação das revistas e o uso de tecnologia de inteligência, os números de apreensões cresceram significativamente. Em 2023, mais de 6,5 mil celulares foram retirados das unidades prisionais do Rio de Janeiro.
Tecnologia e Inteligência no Combate ao Crime
Além das inspeções regulares, a SEAP-RJ tem investido em tecnologia para reforçar a segurança dentro das prisões. Novos equipamentos, como detectores de metal, scanners corporais e bloqueadores de sinal de celular, estão sendo implementados para dificultar a entrada de aparelhos e outros materiais proibidos.
As autoridades afirmam que a ação de ontem reforça o compromisso do governo estadual em garantir que os presídios sejam ambientes controlados pelo Estado e não pelo crime organizado. O objetivo é fechar o cerco contra as atividades criminosas e aumentar a segurança tanto dentro quanto fora das unidades prisionais.
Impacto na Segurança Pública
As apreensões de celulares dentro dos presídios têm um impacto direto na segurança pública. Muitos dos aparelhos são usados para coordenar crimes como tráfico de drogas, extorsões e até ataques contra forças de segurança e civis.
A população pode colaborar denunciando qualquer suspeita de facilitação de entrada de celulares e drogas nos presídios. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, ajudando a fortalecer o trabalho das autoridades no combate ao crime organizado.
A Operação Chamada Encerrada segue em andamento e deve continuar a desmantelar esquemas criminosos dentro do sistema penitenciário fluminense. A expectativa é que as ações sejam ampliadas e novas fases sejam executadas ao longo dos próximos meses.