Após realizar vistoria na ciclovia de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, o Secretário Municipal de Conservação e Meio Ambiente disse que a obra foi malfeita. Há cerca de dois meses, um trecho de aproximadamente vinte metros da ciclovia cedeu, e foi sinalizado e desviado por questões de segurança.
Na época de construção, as vigas que dão sustentação à estrutura foram apoiadas em um muro de pedra da SuperVia. Segundo Rubens Teixeira, o sobrepeso causado pela ciclovia pode ter sido um dos motivos da queda, assim como a correnteza do valão que passa abaixo da construção. O Secretário lamentou o desabamento que, segundo ele, é um reflexo da Lei da Gravidade.
Inaugurada em 2011, a ciclovia – que tem extensão de 22 quilômetros – atende moradores de bairros como Bangu, Campo Grande, Santa Cruz e Paciência. De acordo com dados da Prefeitura, mais da metade dos moradores da região utiliza a bicicleta como meio de transporte. No entanto, os ciclistas da cidade enfrentam, também, outros problemas. Criador do projeto Camelo Urbano – que mapeia as ciclovias da cidade -, Lucas Pavel diz que falta segurança e estrutura adequada.
A Secretaria de Conservação e Meio Ambiente alegou que está finalizando a renegociação dos contratos da Prefeitura para que seja possível fazer um orçamento e reparar os problemas na ciclovia. Porém, não há data para o início dos trabalhos. A malha cicloviária da Zona Oeste do Rio custou cerca de vinte milhões de reais aos cofres públicos.