O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi internado neste domingo (14), no Hospital DF Star, em Brasília, para a realização de uma bateria de exames e procedimentos médicos. A equipe responsável divulgou uma nota oficial à imprensa, informando que o político apresentou quadro de anemia por deficiência de ferro, pneumonia recente por broncoaspiração e hipertensão arterial, além de precisar passar por uma cirurgia para a retirada de múltiplas lesões na pele.
Segundo o boletim médico, Bolsonaro deu entrada no hospital às 8h da manhã e foi submetido a exames laboratoriais, tomografia de tórax e cirurgia dermatológica. O procedimento de remoção das lesões cutâneas foi realizado sob anestesia local com sedação e, conforme os médicos, transcorreu sem complicações. Ao todo, foram retiradas oito lesões localizadas no tronco e no braço direito.
A equipe médica destacou que Bolsonaro recebeu reposição de ferro por via endovenosa para o tratamento da anemia e que, nos próximos dias, será divulgado o resultado do exame anatomopatológico das lesões. Esse exame é fundamental para definir se há necessidade de novos tratamentos ou acompanhamentos específicos.
Além disso, o boletim recomenda que o ex-presidente mantenha acompanhamento contínuo para a hipertensão arterial e refluxo gastroesofágico, condições que já fazem parte do histórico clínico do paciente. Também foram reforçadas orientações quanto a medidas preventivas contra episódios de broncoaspiração, problema que pode causar complicações pulmonares e que estaria relacionado ao quadro de pneumonia identificado nos exames.
A aparição das lesões cutâneas, segundo especialistas, pode estar associada a fatores emocionais, já que o ex-presidente vem enfrentando uma rotina de pressões políticas, jurídicas e de saúde desde que deixou o cargo em 2022. Embora o laudo oficial não tenha confirmado relação direta, médicos afirmam que o estresse emocional pode contribuir para o surgimento e agravamento de problemas dermatológicos.
Mesmo após a cirurgia e a reposição intravenosa de ferro, Bolsonaro recebeu alta hospitalar ainda neste domingo, sendo liberado para continuar o tratamento em casa. O ex-presidente deve permanecer em repouso relativo e seguir todas as recomendações médicas, incluindo uso de medicamentos para controlar a pressão arterial e acompanhamento clínico periódico.
Os nomes dos profissionais responsáveis foram divulgados no comunicado: Dr. Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica; Dr. Leandro Echenique, cardiologista; Dr. Guilherme Meyer, diretor médico do hospital; e Dr. Allisson Barcelos Borges, diretor geral da unidade.
A notícia sobre a saúde de Bolsonaro repercutiu fortemente nas redes sociais, onde apoiadores e críticos manifestaram opiniões distintas. De um lado, aliados políticos e simpatizantes enviaram mensagens de solidariedade e votos de pronta recuperação. Do outro, opositores aproveitaram o episódio para levantar debates sobre as condições de saúde e a capacidade de Bolsonaro de se manter ativo na cena política brasileira.
O estado clínico do ex-presidente ainda exige atenção, mas, por ora, os médicos afirmam que o procedimento foi bem-sucedido e que o quadro está estável. Os próximos dias devem ser decisivos para avaliar a evolução da saúde de Jair Bolsonaro, especialmente quanto aos resultados das lesões cutâneas removidas.