Em uma declaração que gerou intensa repercussão política, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que “sem anistia, não haverá eleições em 2026”. A fala, interpretada por analistas como uma ameaça direta ao processo democrático, reacendeu o debate sobre o futuro político do país e o papel da extrema direita nas próximas eleições.
Durante a entrevista, Eduardo defendia a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Segundo ele, “muitos dos presos são patriotas injustiçados” e o governo estaria “usando o sistema judicial para perseguir opositores políticos”.
O parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi enfático ao dizer que a anistia é uma “condição fundamental” para pacificar o país. “Não há como falar em democracia se continuarmos com presos políticos. Se não houver justiça, também não haverá eleição”, declarou.
A fala provocou reações imediatas no meio político. Deputados da base governista classificaram a declaração como antidemocrática e um atentado contra o Estado de Direito. Juristas também alertaram que a ameaça pode configurar crime contra as instituições democráticas.
Nas redes sociais, o episódio rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados, com milhares de mensagens de repúdio e também de apoio ao deputado.
Apesar da polêmica, Eduardo Bolsonaro manteve o tom desafiador, dizendo que “o povo não vai aceitar mais injustiças”. A CNN Brasil informou que reafirma seu compromisso com a pluralidade de vozes, mas destacou que as opiniões expressas são de responsabilidade dos entrevistados.
O clima político, às vésperas das articulações para 2026, ficou ainda mais tenso após a declaração.