Em um movimento que revoltou grande parte da população brasileira, o Senado Federal aprovou o aumento no número de deputados federais, que passa de 513 para 531 parlamentares. A proposta, que tramitava sob justificativas técnicas de atualização da representação proporcional dos estados, foi aprovada mesmo com 80% da população se posicionando contra, segundo pesquisas recentes de opinião pública.
A decisão representa, na prática, um aumento de gastos de cerca de R$260 milhões ao longo de quatro anos, valor que sairá diretamente dos cofres públicos — ou seja, do bolso do cidadão brasileiro. Em um país assolado por desemprego, alta carga tributária, crise na saúde e na educação, o aumento de parlamentares soa como um tapa na cara da população.
“Esses canalhas ignoram o povo para expandir sua quadrilha”, protestou um cidadão nas redes sociais, resumindo o sentimento de milhões que enxergam na decisão mais uma manobra política para abrigar interesses partidários, ampliar base eleitoral e garantir ainda mais vantagens em Brasília.
A medida é justificada, formalmente, como uma correção à proporcionalidade da população dos estados — argumento previsto na Constituição Federal. Contudo, críticos afirmam que a verdadeira motivação seria o fortalecimento de alianças políticas, já que mais cadeiras significam mais poder, mais verbas partidárias e mais influência nas comissões.
Nos bastidores do Congresso, deputados e senadores favoráveis à proposta comemoraram o avanço do texto, alegando “representatividade democrática”. Mas do lado de fora dos gabinetes refrigerados, o clima é de indignação. Nas redes sociais, a hashtag #MaisDeputadosNão rapidamente subiu aos trending topics, com milhares de brasileiros expressando revolta e decepção.
Economistas também soaram o alarme: o custo médio anual de um deputado federal gira em torno de R$2,5 milhões, somando salários, assessores, verbas de gabinete, passagens, auxílios e outras despesas. Com 18 novos parlamentares, o impacto financeiro será direto e pesado.
“Não faz o menor sentido ampliar o número de parlamentares em um momento de contenção fiscal. O país precisa cortar gastos, não aumentar. Essa é uma decisão insensata e oportunista”, afirmou o economista André Cavalcanti.
A votação ainda precisa passar por nova análise na Câmara, mas, com o Congresso alinhado em boa parte de suas pautas internas, há grande chance de que o aumento seja confirmado.
Para muitos, essa aprovação é a evidência de um distanciamento brutal entre representantes e representados. O povo grita, protesta, rejeita — mas os políticos seguem legislando em causa própria, como se estivessem blindados à vontade popular.
Enquanto isso, a conta — sempre ela — fica para o povo pagar.