Sete marcas de álcool em gel foram reprovadas em um estudo feito pelo Laboratório de Análises Químicas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo. As informações são do repórter Lucas Jozino, da Rádio Bandeirantes.
Todas as amostras apresentaram uma concentração de etanol inferior a 70%, o nível considerado ideal para matar vírus e bactérias. Os produtos analisados foram escolhidos de forma aleatória pelos pesquisadores – a taxa menor foi de 53% e a maior, de 65%.
De acordo com a Anvisa, esses baixos níveis fazem com que o álcool evapore mais rapidamente, sem um tempo para que a superfície fique higienizada.
Segundo o químico João Paulo Lacerda, um dos responsáveis pela pesquisa, quem faz uso desses tipos de álcool em gel não se protege contra o coronavírus. “Sem a concentração, a limpeza não é feita corretamente. Dessa forma, vírus e bactérias sobrevivem e pode haver uma contaminação”, explicou.
O IPT não divulgou o nome das marcas, mas o consumidor encontra na embalagem o nível de concentração de álcool.
De acordo com o gerente de Produtos de Higiene da Anvisa, Itamar de Falco Júnior, as pessoas precisam sempre olhar o rótulo do produto com atenção antes de compra-lo. “O rótulo precisa conter as informações de risco e de uso, além do número de regularização da Anvisa. Sem isso, não é confiável”, orienta.
A Anvisa já suspendeu a fabricação de diversos lotes de álcool em gel por não conterem os limites recomendáveis.
Operações foram feitas pela Polícia Civil e o Procon para interditar fábricas que produzem o produto com a concentração inferior a 70%.



