Centenas de católicos se reuniram em uma celebração na Praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, no dia que marcou os oito anos de morte do surfista Guido Schäffer. Ele era médico e seminarista e pode virar o primeiro santo surfista da Igreja Católica.
Guido morreu aos 34 anos, em 1º de maio de 2009. Ele surfava e o mar estava revolto. O seminarista foi atingido na cabeça pela prancha. Após isso, uma série de milagres passou a ser atribuída a ele.
A mãe de Guido, Maria Nazareth Schäffer, conta que, aos 6 anos, notou que ele o filho especial.
O administrador Rafael Bodanese teve um acidente parecido no mesmo lugar. A prancha em que surfava atravessou o crânio dele e chegou até o cérebro.
Ao dar entrada no Centro Cirúrgico, Rafael recebeu um santinho com uma relíquia: um pedacinho da roupa de Guido. O administrador atribui a recuperação sem sequelas a intervenção divina.
Como médico, Guido rodava o Centro do Rio cuidando da saúde e levando o evangelho a moradores de rua.
Padre Jorjão, da Igreja Nossa Senhora da Paz, acredita que Guido foi São Francisco no século XXI.
Para os padrões da Igreja Católica, a análise do caso é rápida. Em outubro, os documentos serão encaminhados ao Vaticano. A análise final deve demorar cerca de dois anos. O dossiê examina cinco casos de curas de pacientes que a medicina não consegue explicar.
Se, ao fim do processo, pelo menos um deles for reconhecido como milagre, Guido será declarado beato. Para virar santo, precisa de um segundo milagre