Uma ocorrência inusitada chamou a atenção de moradores de Bangu, na Zona Oeste do Rio, nesta semana. Uma jiboia com impressionantes 2,5 metros de comprimento foi encontrada descansando tranquilamente no quintal de uma residência localizada nas proximidades do Parque Estadual da Pedra Branca.
O resgate foi realizado por guarda-parques do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), após o morador da casa ter se deparado com a serpente em meio ao quintal. De acordo com informações divulgadas pelo instituto, a jiboia estava aparentemente em repouso “após ingerir um animal de estimação”, o que explicaria seu comportamento mais lento e pacato no momento da abordagem.

Assustado com a presença do animal silvestre, o proprietário do imóvel agiu rapidamente e acionou a equipe do parque, que prontamente se deslocou até o local. Os guarda-parques, treinados para lidar com ocorrências envolvendo animais nativos da região, realizaram o resgate de forma segura, sem ferimentos tanto para a jiboia quanto para os profissionais envolvidos.
Embora não seja venenosa, a jiboia é uma serpente constritora que pode atingir grandes proporções. Ela mata suas presas por sufocamento, envolvendo o corpo ao redor do alvo até interromper a respiração. Animais domésticos de pequeno porte, como gatos, aves e até cachorros de raças menores, podem se tornar presas fáceis, especialmente em áreas de mata ou próximas a reservas ambientais, como é o caso da Pedra Branca.
O caso serve de alerta para os moradores de regiões próximas a áreas de preservação. A presença de animais silvestres, como cobras, capivaras, gambás e até jacarés, tem se tornado cada vez mais comum devido à expansão urbana e à busca por alimento e abrigo. Por isso, o Inea orienta que, ao encontrar animais silvestres em áreas residenciais, a população não tente capturá-los ou afugentá-los. O ideal é acionar imediatamente os órgãos responsáveis, como o próprio instituto ou o Corpo de Bombeiros.
Após o resgate, a jiboia foi levada para avaliação veterinária e, em seguida, devolvida ao seu habitat natural em área segura do parque. Felizmente, ninguém ficou ferido na ocorrência, mas o episódio reforça a importância da convivência respeitosa entre o homem e a natureza, especialmente em zonas onde os limites entre o urbano e o silvestre se cruzam.



