Um dos alvos de uma megaoperação realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta terça-feira (03) é Mohamed Farah de Almeida, um nome conhecido das autoridades internacionais. Procurado pelo FBI por ligações com a Al-Qaeda, Mohamed é agora acusado de atuar no sistema financeiro informal que movimentava milhões para o Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do estado.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e a Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), revelou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro operado entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo os agentes, mais de R$ 250 milhões foram movimentados por meio de empresas de fachada, contas de “laranjas” e remessas internacionais.
De acordo com a Polícia Civil, Mohamed Farah de Almeida era peça-chave no esquema, utilizando seus conhecimentos em movimentações financeiras clandestinas para escoar o dinheiro do tráfico. A conexão entre um terrorista internacional e o crime organizado brasileiro acendeu o alerta entre autoridades nacionais e internacionais.
Durante a operação, diversos mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao grupo, e documentos que comprovam a movimentação milionária já estão em análise. A expectativa é de que novas prisões ocorram nas próximas horas.
O caso mostra como facções criminosas brasileiras têm expandido suas conexões e sofisticado suas operações financeiras, entrando no radar de agências internacionais como o FBI e a Interpol. A investigação segue em sigilo, mas promete novos desdobramentos de grande impacto.