Uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Polícia Civil do Pará resultou, ontem, na prisão de Juliana, conhecida no mundo do crime como “Ju do Pará”. A criminosa foi capturada na comunidade da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, zona oeste da capital fluminense, onde se escondia para escapar das autoridades do seu estado de origem.
A ação foi planejada com base em investigações que apontavam que Juliana havia migrado para o Rio após intensificação do cerco policial no Pará. Ela é apontada como integrante de uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas e já possuía mandados de prisão em aberto.
O caso reacende o alerta das forças de segurança sobre um fenômeno preocupante: o Rio de Janeiro se tornou um verdadeiro refúgio para traficantes de outros estados. Fugindo das operações locais, criminosos encontram no território fluminense comunidades dominadas por facções e milícias, onde conseguem se esconder e, muitas vezes, continuar operando à distância.
Segundo investigadores, a Gardênia Azul é considerada estratégica por facções que disputam áreas na zona oeste. A presença de foragidos de outros estados na comunidade evidencia a articulação interestadual do tráfico e reforça a necessidade de operações conjuntas, como a que levou à prisão de Juliana.
Autoridades afirmam que a prisão de “Ju do Pará” enfraquece parte da rede criminosa que ela integrava, mas reconhecem que a migração de criminosos para o Rio continua sendo um desafio diário. O estado, marcado por guerras entre facções e avanços de grupos milicianos, acaba atraindo foragidos que buscam proteção sob a sombra do crime organizado.
Com a prisão, Juliana deve ser transferida para o Pará, onde responderá por seus crimes.