Um dos criminosos mais perigosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), Adriano Pereira de Souza, conhecido como “Cigano”, está foragido e sendo procurado pela Polícia Federal. Apontado como um dos chefes da organização criminosa, Cigano teve participação direta no mega-assalto ao aeroporto de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, ocorrido no ano passado. A ação é considerada uma das maiores e mais ousadas já registradas no Rio Grande do Sul.
Preso inicialmente na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), Adriano cumpria pena por envolvimento em crimes relacionados ao tráfico e a ações armadas do PCC. No entanto, a Justiça autorizou sua transferência para prisão domiciliar por 60 dias, alegando a necessidade de tratamento de saúde. Durante esse período, ele utilizava tornozeleira eletrônica para monitoramento.
Segundo informações da Polícia Federal, Cigano violou as condições do benefício, rompeu a tornozeleira eletrônica e desapareceu. A quebra do acordo gerou um novo mandado de prisão expedido pela Justiça Federal, que agora mobiliza forças policiais em diversos estados para capturá-lo.
Além do envolvimento com o PCC, Adriano é apontado como aliado direto de um dos criminosos mais influentes da Cidade Alta, conhecido como “Peixão”. A ligação entre os dois reforça os indícios de que Cigano possuía trânsito entre facções de diferentes regiões, aumentando o grau de periculosidade e articulação do foragido.
A Polícia Federal trata o caso como prioridade e pede que qualquer informação sobre o paradeiro de Adriano seja repassada de forma anônima através dos canais oficiais. Ele é considerado altamente perigoso e pode estar utilizando documentos falsos para dificultar sua identificação.
O caso reacende o debate sobre a concessão de benefícios judiciais a criminosos de alta periculosidade, especialmente aqueles ligados a organizações como o PCC. A fuga de Cigano expõe fragilidades no sistema de monitoramento e aumenta a pressão sobre o Judiciário e as autoridades de segurança pública. A caçada por ele continua, e a expectativa é de que sua recaptura aconteça nos próximos dias.